sexta-feira, fevereiro 28

GESTÃO DE PESSOAS: Planejar versus realizar



Todo início de ano é marcado por planos. A virada do calendário renova, anualmente, por meio de seus rituais, os desejos e sonhos das pessoas. No entanto, entre planejar e realizar, a distância é grande e os obstáculos maiores ainda


Todo início de ano é marcado por planos. A virada do calendário renova, anualmente, por meio de seus rituais, os desejos e sonhos das pessoas. No entanto, entre planejar e realizar, a distância é grande e os obstáculos maiores ainda.


Tenho observado, tanto pela minha experiência pessoal, como pela experiência de meus clientes de coach e de meus programas de desenvolvimento que, além de não conseguirmos colocar em prática tudo o que planejamos, existem algumas ações que entram constantemente na coluna de “débitos” no balanço de fim de ano e, por isso, acabam, de novo, nos planos do ano seguinte.



Por que será que tantas pessoas, que a cada ano se propõem a realizar isto ou aquilo, não conseguem concretizar seus objetivos e chegam ao final do ano com a sensação de adiamento e culpa por não concretizar algumas ações? Por que será que é tão difícil mudar? Associei essa questão ao desafio, da área de Capacitação e Desenvolvimento, de gerar mudanças de comportamento em seus gestores. 



Por que tem se investido tanto na formação e desenvolvimento de gestores e muitas vezes não evidenciamos as mudanças desejadas na atuação dos mesmos? Por que as pessoas, na maioria das vezes, sabem o que fazer para melhorar determinado resultado, mas não o fazem? Por que nas oficinas de feedback todos reconhecem a importância da ferramenta e afirmam saber como deve ser aplicada, mas as pesquisas de clima e o dia a dia mostram que a maioria das pessoas se ressentem da falta de feedbacks construtivos de seus chefes?



Na busca de respostas para estas inquietações pessoais e profissionais encontrei o texto “Como a ciência pode ajudar você a realizar seus planos”, de Marina Krakovsky, na Revista Mente e Cérebro - Ed. 252 – Janeiro 2014, falando de recentes pesquisas neste campo que trazem dados interessantes sobre o assunto, São elas:



- Uma entre quatro pessoas desistem de seus planos já no fim da primeira semana de janeiro ou até os três primeiros meses do ano. Segundo a autora acima citada, manter o objetivo traçado é a exceção;



- A realização de planos e metas requer esforço, mudança de mentalidade, motivação e firmeza de intenção;



- É preciso começar do mais simples, e ter metas de curto prazo para reforçar a autoconfiança;



- É muito mais fácil arrumar justificativas para não mudar, do que abandonar os velhos hábitos. Não basta entender (racional) os motivos da mudança ou as consequências da “não mudança”. Para ter sucesso é preciso mais do que boa vontade e controle dos impulsos; é preciso entender como sair do padrão adotado e que outra atividade pode ser tão prazerosa quanto aquela que mantínhamos até então e que agora precisaríamos mudar;



- É preciso também considerar, previamente, os obstáculos e criar planos alternativos. “Fazer planos específicos sobre como agir diante de escolhas difíceis costuma ajudar a dizer não às tentações e seguir firme na direção das metas”;



- “Mudanças duradouras requerem a renovação periódica de nossas escolhas e dos compromissos assumidos”;



- Procure descobrir o que sustenta o seu desejo. Dever não é uma razão sustentável de longo prazo;



- Falhar em alguma coisa ou em algum momento não significa ter que desistir; basta rever o que fazer para continuar. Perdoe-se e siga em frente;



- Forme, pelo menos, duas imagens mentais (ideias de oposição) em relação ao mesmo objetivo;



- A realização da meta precisa estar claramente vinculada à satisfação pessoal, porém mantenha expectativas realistas;



- Identifique maneiras de alcançar seu objetivo que fortaleçam seus vínculos com pessoas importantes para você;



- Registre e compartilhe suas experiências nesta trajetória. Presentear-se por suas pequenas conquistas pode ser um forte motivador;



- Dê a todos com quem convive o direito de cobrar de você o que foi planejado e não realizado. Procure não ficar na defensiva ao receber feedbacks;



Quem sabe, entendendo um pouco mais como funcionamos no âmbito individual, conseguiremos encontrar novas estratégias para garantir maior eficácia de nossas ações de capacitação e desenvolvimento das pessoas e assegurar a consecução efetivas dos planos corporativos que, certamente, dependem das pessoas!


FONTE: RevistaMelhor

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