Se houve uma coisa que me deixava muito desconfortável no começo da empresa era falar sobre elementos, leis ou documentos que eu não conhecia (afinal, sou um engenheiro empreendedor, não um administrador/contabilista empreendedor).
Como na época o Saia do Lugar ainda não existia, a solução foi aprender na marra e encher bastante a paciência do nosso contador.
A boa notícia é que é um conceito simples e que gera um documento MUITO importante para análise do seu negócio.
O que é o Balanço Patrimonial
Ele é uma demonstração contábil para empresas. Esse documento apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa sobre um período determinado (normalmente anual).
Para quê serve o Balanço Patrimonial
É uma das principais ferramentas para avaliar a posição contábil e financeira da empresa, já que leva em conta não apenas o caixa, mas também propriedades, dívidas e pagamentos a receber.
Ou seja, apesar do fluxo de caixa ser essencial, ela é apenas uma pequena parte do balanço patrimonial, que dá uma visão bem mais completa para a análise do resultado econômico do seu negócio.
(se o seu problema é controlar o fluxo de caixa, sugiro voltar alguns passos e ler o artigo: o passo a passo para organizar o seu fluxo de caixa)
Quando e para que tipos de empresa o Balanço Patrimonial é obrigatório
Se a utilidade do balanço não foi o suficiente para te fazer leva-lo mais a sério e utilizá-lo como ferramenta de análise, é legal lembrar que esse é um documento obrigatório para qualquer tipo de empresa no Brasil (menos MEI).
Ao mesmo tempo, o único tipo de profissional que pode fazer um balanço patrimonial é um contador (com um CRC válido) e deve ser feito pelo menos anualmente (mas o controle é mensal com os balancetes).
Por isso, você, como empresário, precisa cobrar do seu contador não só a confecção do balanço patrimonial, como a qualidade dele – garantindo assim uma boa ferramenta de análise do seu negócio (veja mais sobre como cobrar o seu contador neste artigo).
Entendendo os elementos do Balanço Patrimonial
Os principais elementos são o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido. Os 3 obedecem essa fórmula:
Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido
Vamos explicar o cada um deles significa e como eles são compostos:
Ativos
Ativo circulante
Ativos circulantes são os valores que sua empresa tem disponível para operação no curto prazo, por exemplo: caixa, pagamentos sobre notas fiscais já emitidas, estoque ou adiantamento para fornecedores.
Na prática, são considerados ativos circulantes valores que recebíveis em até 1 ano, contando a partir da data do balanço.
Ativo não-circulante
Por exclusão, os não-circulantes são os ativos que não serão recebidos dentro do ano seguinte.
Nessa categoria entram bens utilizados para a realização da atividade da empresa, por exemplo: máquinas, computadores, imóveis ou carros.
Passivos
Passivo circulante
As classificações do passivo (circulante e não-circulante) funcionam do mesmo modo que os ativos.
Ou seja, passivo circulante é composto pelas dívidas que serão liquidadas dentro do prazo de 1 ano, por exemplo: salários, impostos (sobre notas emitidas e sobre o pagamento de salários no mês anterior) etc.
Passivo não-circulante
São as dívidas de longo prazo, que serão quitadas depois de 1 ano. Nesse caso, os mais comuns são financiamentos de máquinas, carros ou imóveis.
Patrimônio Líquido
O patrimônio líquido é composto pelo capital investido pelos sócios no começo da empresa e pelos lucros que foram reinvestidos na empresa.
Tecnicamente, ele é uma dívida não-exigível da empresa com os sócios – ou seja, é uma dívida que não pode ser executada.
Conclusão
O objetivo da análise do Balanço Patrimonial é ver o resultado econômico da empresa, de fato enxergar como ela está das pernas naquela determinada data.
Porém, para ter esse simples e importante documento em mãos, é preciso fazer um ótimo controle do fluxo de caixa e, claro, ter um contador de qualidade e confiança.
FONTE: saiadolugar
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