quinta-feira, fevereiro 20

O que a NFL pode ensinar à CBF sobre gestão de marca e produto

O ano de 2013 terminou com muita polêmica dentro do futebol brasileiro. O carro chefe foi o rebaixamento da Portuguesa no lugar do Fluminense, em um processo confuso, movido principalmente pela cartolagem e um provável medo da CBF de rebaixar novamente um time considerado “Grande”.
Em contrapartida, a NFL – a Liga de Futebol Americano, bateu novos recordes de transmissão e mostrou o melhor modelo de negócios dentro de um esporte onde a Liga Americana procura, através de sua gestão profissionalizada, vender cada partida e evento ligados a ela como um verdadeiro espetáculo a parte.
O que a NFL pode ensinar à CBF sobre gestão de marca e produto
Dentro deste abismo que existe entre CBF e NFL, no que diz respeito a credibilidade e eficiência, vou enumerar algumas atitudes que a CBF deveria aprender com a NFL sobre a gestão do seu produto e do espetáculo gerado em torno dele. Confira:

Os times deveriam se enxergar como uma empresa

Podemos até ter opiniões diferentes sobre o assunto, mas uma coisa é certa e todos temos que concordar: apenas alguns poucos times brasileiro de futebol tem sua gestão comparada à gestão de uma empresa eficiente.
Para analisar melhor meu ponto de vista, pense sobre as quatro questões abaixo:
  • Quantos times realmente pensam sobre melhor forma de entreter seus torcedores (que são sua principal fonte de renda) dentro dos estádios?
  • Quantos times ficam de olho em suas finanças e fazem um planejamento dentro de suas possibilidades?
  • Quantos times realmente trabalham a sua marca ao ponto dela vender praticamente qualquer produto sozinha?
  • Quantos times conseguem vender publicidade de forma relevante para suas finanças?
Provavelmente a resposta vai ser negativa em muitos destes pontos para a maioria dos times brasileiros. Fato este que não é uma realidade dentro dos times da NFL, por exemplo. Lá eles fazem um planejamento visando seu mercado local (todos os times fazem eventos semanais com seus atletas junto a comunidade), cuidam fortemente de suas finanças e não tem receio de abandonar a cidade caso não haja apoio (não existe renda sem mercado).
Há sempre uma clara preocupação em trabalharem corretamente a sua imagem e a sua marca perante seus torcedores.

A NFL não tem medo de mudar para entregar um produto melhor

Todo ano diversas regras da NFL sofrem revisões, mais tecnologias são usadas nos jogos e a Liga se torna cada vez mais rígida com suas politicas em relação a contratação de atletas e gestão de times.
Tudo isso para melhor oferecer o seu produto final: o entretenimento.
Ao contrario do que acontece no próprio futebol brasileiro, que evita o uso de tecnologia para melhorar os jogos, além de existir em sua gestão politicas internas e órgãos reguladores que mais criam confusões do que realmente são um modelo que visam proteger os torcedores.

A NFL protege a competitividade

Os times que disputam a liga americana de futebol possuem diversas restrições para contratações de atletas, como um limite de gastos com salários, ordens especificas de contratação de novos jogadores, contratos que mantêm uma ascendência de valores (um novo talento, por melhor que seja, não será o mais bem pago da liga), entre outros mecanismos que protegem a competitividade entre os times.
Fato que não acontece no futebol brasileiro, onde existe uma minoria de times com alto poder econômico e que são capazes de manter os melhores jogadores juntos aos seus times com o alto poder econômico que possuem.

O foco da NFL está no expectador

É fácil enxergar a NFL como uma grande empresa em expansão e que entendeu muito cedo qual é o seu negócio.
Vendendo espetáculos ela tende a fazer de tudo para que seja entregue o melhor resultado aos expectadores, o que transformou marcas como o Superbowl no maior evento esportivo do planeta
Segundo a revista Forbes, o Superbowl, a grande final do campeonato de futebol americano, vale cerca de R$1,1 bilhão contra R$388 milhões da Copa do Mundo de futebol.
Isto mostra como o foco em seu negócio real, transparência e um bom modelo de negócio pode transforar o esporte em algo rentável e em um produto muito bom para os seus clientes.

FONTE: sobreadministração

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