sábado, fevereiro 15

Bermuda entra de vez no guarda-roupa de trabalho

Calor, geração Y e movimento na internet impulsionaram oficialização de bermudas no escritório; em alguns lugares, até presidentes aderiram ao traje


Divulgação/Newcomm
Funcionários do grupo Newcomm usam bermuda
Funcionários da Y&R, do grupo Newcomm, usam bermuda: traje será liberado durante todo o ano em algumas áreas e agências
Além das temperaturas super altas, o verão de 2014 pode entrar para a história dos escritórios como a estação em que as bermudas estrearam de vez no ambiente de trabalho. 

Os funcionários da TOTVS são um dos exemplos mais contundentes da mudança de dress code. Até o início do ano, eles não tinham muitas opções além da calça e camisa social. Mas, no final de janeiro, as bermudas foram liberadas pela empresa. Resultado: adesão imediata.

A mudança não se restringe ao guarda-roupa das equipes da TOTVS. Até onde se tem notícia, nesta temporada, a prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a liberar o traje mais coerente com as temperaturas de até 41º C registradas na cidade. O decreto, assinado em 18 de dezembro, deve vigorar até 31 de março próximo. 

A proposta, no entanto, não é novidade. Em 2003, o então prefeito do Rio César Maia liberou o uso de bermudas para servidores municipais, motoristas de ônibus, táxis, vans e Kombis. Desde então, a medida tem sido reeditada anualmente e vale durante overão

A diretriz serviu de gancho para a ideia de um trio de publicitários cariocas. Com um site e página no Facebook, eles lançaram o movimento Bermuda Sim em 12 de janeiro que, além de apoio à causa, promete enviar e-mails para os chefes pedindo a liberação da peça no trabalho. 

Potencializada pelos ponteiros dos termômetros que não pararam de bater recordes nas últimas semanas, a ideia se espalhou. Em quase um mês, 18 mil e-mails foram enviados, segundo Vitor Damasceno, um dos criadores, e, pelo menos, 500 empresas aceitaram o desafio - entre elas, escritórios de advocacia que anunciaram férias para a gravata e o paletó

O primeiro chefe a aderir ao movimento foi o publicitário Washington Olivetto, chairman da WMcCann. Até então, a bermuda não era uma peça proibida no ambiente da agência. O próprio Olivetto admite que já foi para o trabalho vestindo uma bermuda. Com o movimento, a liberação do traje foi apenas oficializada. E, de certa forma, disseminada. 
O contexto era outro na Ícaro Technologies. Quando os diretores da companhia receberam o e-mail do movimento, ninguém pensava na possibilidade de chegar no trabalho com as canelas de fora - mesmo com as temperaturas de mais de 36º C registradas em Campinas, onde a companhia fica. 

A autorização foi anunciada pelas redes sociais. Segundo Juliana Gonçalves, gerente de RH da empresa, no dia seguinte, muitos funcionários já tinham aderido à ideia. Veja como foi o anúncio: 

http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/bermuda-entra-de-vez-para-o-guarda-roupa-corporativo



FONTE: exame.abril

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