quarta-feira, dezembro 10

Agência de grande porte para fomento à inovação pode ser criada pelo governo

Glauco Arbix afirma que  possível chegar a um patamar de R$ 50 bilhões por ano de investimento em inovação - Foto: Agência USP

Glauco Arbix afirma que é possível chegar a um patamar de R$ 50 bilhões por ano de investimento em inovação - Foto: Agência USP

questão da inovação na indústria é um tema muito caro para o Brasil atualmente. A avaliação de diferentes setores ligados ao setor industrial é que somente por meio do fomento à atividade inovativa será possível o País retomar um ciclo de crescimento econômico. Mas, para tanto, é preciso ter um sistema de financiamento de pesquisas firme e amplo. E a proposta atual é a de criar uma “superagência” que possa assumir o papel de indutor e fomentador da inovação para aumentar a produtividade da indústria nacional.
A proposta foi sugerida pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix. O dirigente alega que é possível chegar a um patamar de R$ 50 bilhões por ano em inventimentos na pesquisa inovativa industrial. Este valor representaria 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“A indústria brasileira inova muito pouco. A proposta que está avançando é criar uma superagência de inovação. Pode juntar Finep, ABDI e muitas outras. Nosso intuito é que o Brasil possa investir R$ 50 bi por ano em inovação, que representa 1% do PIB. Se não investirmos nisso, não vamos conseguir crescer e nos desenvolver. Vamos continuar fazendo estudos e projetos e não vamos avançar”, advertiu Arbix, durante evento promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em Brasília (DF), nesta quarta-feira (12).
A despeito desta possibilidade, o dirigente da Finep não especificou uma data para a possível união das fomentadoras. Também não divulgou se há um cronograma de trabalho para a criação desta agência de grande porte.
Reforma

Arbix também defendeu a revisão do modelo nacional de fomento à inovação. O presidente da Finep acredita ser necessária a expansão dos produtos, processos e serviços inovativos para ramos industriais não tão desenvolvidos, em busca da diversificação. Para tanto, ele aposta na parceria entre o governo e o setor privado como catalisadores do crescimento em novas frentes.
“O sistema de inovação brasileiro é amplo e complexo, mas tem falhas. Precisamos diversificar o sistema nacional de inovação. Se pensarmos na ideia de continuar fazendo mais do mesmo – que muitas vezes é importante -, eu acredito que vamos amargar anos e anos de sofrimento. Não só na indústria. O conjunto da economia brasileira sofre pela baixa capacidade de inovação, principalmente seu núcleo central. A indústria brasileira é de baixo desempenho, com poucas exceções. Esse desafio tem que ser enfrentado em conjunto entre os setores público e privado. O diálogo é fundamental, que resulte em propostas, tarefas e decisões a serem tomadas”, ressaltou.



FONTE: da Agência Gestão CT&I

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