terça-feira, março 11

Biblioteca ambulante leva educação para além das escolas na Itália






La Cava era apenas um professor italiano já aposentado até que um dia resolveu compartilhar o seu amor pela leitura com outras pessoas. Foi assim que surgiu o Bibliomotocarro, uma biblioteca ambulante que leva, gratuitamente, livros às comunidades de pequenas cidades italianas.

A ideia começou a tomar forma entre 1999 e 2000. Conforme explicado no site do projeto, o intuito era chamar a atenção dos jovens à importância dos livros, que já estavam sendo trocados por novos meios de comunicação. Para colocar em prática, La Cava precisou de livros, um triciclo (que mais parece um mini caminhão) e da ambição de levar a leitura e a educação além das paredes das escolas.


Foto: Divulgação

Em um primeiro momento, a vontade de satisfazer exatamente o desejo dos leitores levou o professor a instalar pequenas caixas de correspondência nas escolas, para que as pessoas pudessem fazer seus pedidos e ter os livros entregues em suas residências. O formato era excelente para incentivar a leitura, mas acabou se tornando muito caro para ser bancado por um simples professor aposentado. Os compromissos foram honrados, mas a biblioteca ambulante precisou fechar por um tempo.

A volta por cima aconteceu em 2003, quando La Cava levou o Bibliomotocarro à Feira Internacional do Livro de Turim. O projeto fez tanto sucesso que ganhou espaço nos noticiários italianos e abriu as portas para que a iniciativa fosse mais divulgada na mídia. Assim sendo, dois anos depois, o professor ganhou o 1º Prêmio Nacional de Melhor Projeto de Promoção do Livro e da Leitura, oferecido pelo Ministério da Cultura na Itália. A recompensa foi o apoio financeiro de 5.700 euros, que ajudaram a reconstruir o Bibliomotocarro no formato que ele possui hoje.

O “caminhãozinho” possui o formato de uma casa de campo, com chaminé, telhas e grandes janelas. Segundo o criador, seria possível usar um grande caminhão no projeto, mas isso colocaria as pessoas, principalmente crianças, distantes dos livros. No modelo atual, as prateleiras ficam praticamente ao alcance de todos, pelas 49 escolas que são atualmente abrangidas pelo projeto.

Para deixar tudo ainda mais legal, o mestre La Cava achou que levar histórias não seria o bastante. Era preciso permitir que as pessoas também contassem suas histórias. “Comprei, então, 200 livros em branco e os coloquei à disposição”, explica o professor na página do projeto. Segundo ele, esses livros estão em alta demanda e já foram escritos até mesmo por crianças de outros países. Essa história de amor à leitura foi transformada em documentário e ganhou as telas de um dos principais canais de televisão da Itália.

FONTE:  CicloVivo

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