quinta-feira, março 27

O shopping que não vende nada


Entre os maiores desafios para os varejistas hoje está a fidelização do cliente, ser mais ágil e assertivo para melhorar constantemente a experiência de compra. Tanto assim que a convergência entre o varejo físico e o digital passou a dominar as ações dos empresários. As novas tecnologias, antes um fator de custo, agora ajudam a conquistar mais clientes e aumentar as receitas ao promoverem a integração entre os dois mundos.

Quem paga a conta deixou de ser relevante. De um lado, muitas pessoas querem um lugar para conviver, experimentar, desfrutar, aproveitar, espairecer e, se desejarem, comprar. Enquanto outros preferem a comodidade de adquirir onde for mais conveniente. Para este grupo é fato que a tecnologia existe como instrumento para facilitar a vida do usuário.

No primeiro caso, a ideia é construir centros de vendas em que a experiência de compra seja maximizada. O princípio é se o consumidor se sentir bem e acolhido, ele compra mais. No segundo caso, o objetivo é chegar ao local onde o cliente já está; acaba assim o conceito do “showrromimg”, em que o consumidor visita a loja física para experimentar o produto, mas faz a compra por meio de qualquer dispositivo móvel e, desta forma, cria novos conceitos, como “bed-rommimg”, “car-rommimg”. Em busca de comodidade, muitos clientes deixaram de ir ao shopping para fazer a compra. Com tecnologia móvel, passou a estar na “loja” sempre e , assim, é bombardeado diariamente com informações e promoções.

A tecnologia apenas acompanha as duas necessidades, ou para facilitar a vida do consumidor ou trazer motivo de satisfação também nos pontos de vendas físicos, conforme comprova a proliferação de empresas dedicadas a trazer novas soluções.

Com a convergência de canais,  as mais variadas combinações são possíveis. O consumidor pode entrar na loja, experimentar uma roupa e depois receber em casa conforme pediu, com a sua personalização (tamanho, cor, material, com ou sem seu nome gravado). Ou compra pelo e-commerce e recebe em sua casa. Ou ,ainda, vai retirar em uma loja perto de sua residência.

O varejo que não vende nada não tem estoque. É um varejo de e-commerce que percebeu ser necessário ter uma loja física, para a experimentação e personalização do cliente. Precisa dar a experiência de provar a roupa, ver como fica. Se quiser comprar pelo site, funciona, se quiser provar, tem a loja física.

Quem faz a ponte entre os dois mundos com muito sucesso é a loja on-line de roupas masculinas novaiorquina Bonobos. Além do site, abriram um espaço na 45 W 25th Street para os consumidores poderem degustar as roupas da marca. O internauta prova, escolhe as diversas opções e recebe suas compras – feitas pelo e-commerce- em casa até dois dias depois. É uma tendência que merece ser observada pelo varejista brasileiro que prefere aguardar a consolidação do novo negócio antes de investir no seu desenvolvimento.


FONTE: Adnews

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