Uma bateria biodegradável poderia ser a solução para o desenvolvimento de diversos tratamentos médicos. O dispositivo seria implantado no tecido, forneceria o tratamento necessário e, após o uso, seria absorvido pelo próprio corpo. Pode parecer impossível, mas cientistas norte-americanos têm trabalhado nisso e alcançado resultados positivos.
Os pesquisadores responsáveis pela inovação são o engenheiro biomédico Jeffrey Borenstein, do laboratório de Draper, em Massachusetts, e John Rogers, da Universidade de Illinois. O dispositivo criado por ele foi apresentado na última semana e conta com uma folha de ânodos de magnésio e cátodos de ferro, molibdênio e tungstênio.
De acordo com o cientista, esses metais se dissolvem lentamente no corpo e os íons são compatíveis em baixas concentrações. O sistema também conta com uma solução salina com fosfato e é embalada em um polímero biodegradável conhecido como polianidrido.
Quando a bateria se dissolve, o magnésio liberado está em uma concentração muito baixa, de apenas de nove miligramas. De acordo com Rogers, essa quantidade não causa problemas ao corpo e o sistema tem sido bem sucedido em análises clínicas.
Borenstein espera poder levar essa mesma tecnologia para aplicações ambientais. Segundo o pesquisador, o sistema seria útil no auxílio ao controle de vazamentos de óleo, por exemplo, com centenas de milhares de sensores químicos sem fio biodegradáveis espalhados por toda a mancha.
Este não é o primeiro projeto de baterias biodegradáveis. Em 2013 o ciestista Christopher Bettinger, da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, criou uma bateria de íons de sódio comestível com eletrodos feitos com pigmentos de melanina.
FONTE: CicloVivo
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