Gol planeja usar biocombustível em 200 voos durante 2014 e incorporá-lo
em 20% de seus voos até 2016. Foto: Divulgação
A Boeing e a Gol Linhas Aéreas anunciam parceria para acelerar a pesquisa, o desenvolvimento e a aprovação de novas fontes de biocombustível sustentável para aviação no Brasil. A parceria apoiará os planos da Gol de usar esse combustível de baixa emissão de carbono em voos durante grandes eventos esportivos dos próximos anos e, no longo prazo, beneficiará também o desenvolvimento de uma nova indústria de biocombustível sustentável para aviação no Brasil.
Paulo Sérgio Kakinoff , CEO da Gol, e Van Rex Gallard, vice-presidente de vendas para a África, América Latina e Caribe da Boeing Aviação Comercial, assinaram o memorando de entendimento da colaboração em biocombustíveis durante o Fórum de Líderes da Aviação 2013 da Associação de Transporte Aéreo da América Latina e do Caribe (ALTA, na sigla em inglês).
"Os avanços tecnológicos nos modelos Boeing 737, que compõem 100% da nossa frota, resultam em menor consumo de combustível", disse Paulo Kakinoff, CEO da GOL. "Isto evidencia o foco da Boeing em soluções sustentáveis. Ampliar nossa parceria com este projeto nos fará avançar em pesquisas que busquem formas viáveis para uso de biocombustível no Brasil e dar exemplos para o mundo", acrescentou.
A Gol planeja usar biocombustível sustentável de aviação em 200 voos durante 2014 e incorporá-lo em 20% de seus voos em 2016. A Boeing trabalhará com a Gol para identificar e selecionar as matérias-primas e as tecnologias de refino mais promissoras e, a seguir, assumirá um papel de destaque no processo de aprovação para os novos combustíveis, a fim de garantir a adequação dos produtos a padrões de segurança e desempenho.
No dia 23 de outubro, data em que se comemora o Dia do Aviador no Brasil, a Gol realizou o primeiro voo comercial movido a biocombustível no Brasil, utilizando um Boeing 737-800 abastecido em parte com um biocombustível sustentável de aviação fabricado com óleo de cozinha reciclado e misturado pela Petrobrás, com apoio do IDB (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Antes do voo, stakeholders da indústria da aviação, entre os quais Gol, Boeing e autoridades e instituições de pesquisa brasileiras, anunciaram um esforço nacional intitulado Plataforma Brasileira de Biocombustível para Aviação para estabelecer uma indústria de biocombustível sustentável de aviação, com pesquisa e desenvolvimento em diversas regiões do país. Caso a Plataforma seja bem-sucedida, o Brasil, que já possui indústria de biocombustível estabelecida, pode ser o primeiro país a ter uma indústria sustentável de bicombustíveis para aviação que vai desde a produção da biomassa até sua utilização no voo.
FONTE: economiasc
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