O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o presidente da França, François Hollande, vão firmar um acordo a fim de possibilitar que o rio Tietê seja despoluído com a mesma tecnologia utilizada no rio Sena, considerado biologicamente morto nos anos 1960. A parceria com o país europeu também prevê a execução de programas sustentáveis de mobilidade urbana, recuperação de áreas da Serra do Mar e urbanização dos municípios do litoral norte de São Paulo, entre outras medidas.
O mesmo programa usado para limpar o rio que corta Paris será aplicado no Tietê, e participa de um pacote de 50 iniciativas entre São Paulo e Île-de-France, região mais populosa e rica da Europa, onde fica situada a capital francesa. O documento que será assinado na próxima sexta-feira (13) pode trazer esperanças de que o maior rio de São Paulo volte a ter água limpa.
A recuperação do Rio Sena foi possível graças a investimentos milionários, leis de proteção e reorganização do sistema de abastecimento de água de Paris. Além das altas verbas, o programa de limpeza do rio francês dependeu, crucialmente, do engajamento e de outros esforços da sociedade civil, que geraram resultados que são exemplos para o mundo todo: em 2009, por exemplo, o Salmão do Atlântico retornou ao Sena, acompanhado de várias espécies que habitavam as águas.
A colaboração da França para o desenvolvimento sustentável de São Paulo é uma estratégia inédita entre o país europeu e uma economia em desenvolvimento. "O acordo de cooperação será o primeiro assinado entre a França e um estado subnacional no hemisfério Sul, e formaliza uma relação bilateral para a criação de um grupo de trabalho que tratará de iniciativas que trarão grandes benefícios para São Paulo", afirmou ao Estadão Rodrigo Tavares, assessor especial para Assuntos Internacionais do Governo de São Paulo.
O jornal paulistano também informou que haverá um segundo acordo, o qual lançará a iniciativa “2014: Ano de São Paulo e de Île-de-France para o desenvolvimento urbano sustentável”. O projeto também vai focar em programas de moradia, segurança pública, transportes, saneamento e eficiência energética.
FONTE: CicloVivo
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