terça-feira, dezembro 10

PROFISSÃO: INOVADOR

QUER SER SURPREENDIDO COM BOAS IDEIAS DOS FUNCIONÁRIOS? A MELHOR MANEIRA DE FAZER ISSO É CRIAR INCENTIVOS, OFERECER SUPORTE E RECONHECER. VALEM PRÊMIOS EM DINHEIRO, PROMOÇÕES, CERTIFICADOS – E O QUE MAIS A CRIATIVIDADE PERMITIR


Profissão: inovador (Foto: Ilustração Otavio Silveira)
A melhor maneira de garantir inovação dentro da empresa é desenvolver diferentes estímulos para manter em alta a capacidade criativa dos funcionários. Vale criar portais online de sugestões, montar espaços inspiradores, incentivar pesquisas, instituir prêmios financeiros e até mesmo predeterminar o tempo de trabalho destinado a pensar “fora da caixa”.
Veja o caso da IBM. Lá, todos os funcionários, dos cientistas aos vendedores, têm o compromisso de contribuir com sugestões inusitadas. Em geral, as ideias começam sendo discutidas com um colega no café e acabam em um papo mais sério com o “mentor” – um colega veterano, que funciona como orientador dos menos experientes. Esse contato é importante para garantir que a atitude do funcionário seja reconhecida e que sua sugestão vá adiante. Seja qual for a ideia, ela ficará registrada em um documento interno da empresa conhecido como certificação, onde constam a função do profissional, as atividades desenvolvidas, o tempo de permanência e participação em um projeto e suas inovações. “Muitas vezes, uma novidade tem grande impacto em nossos processos, mas é invisível ao mercado e até mesmo aos colegas do autor da ideia. Por isso, o reconhecimento interno é importantíssimo”, afirma José Carlos Duarte, diretor de tecnologia da IBM Brasil.
Profissão: inovador (Foto: Reprodução)
Outro caminho para fazer parte do time de inovadores da companhia é entrar no Programa de Patentes e Publicações, o P3. Criado em 2007, ele tem o objetivo de estimular cientistas da empresa a registrar suas criações – um dos motivos que fizeram a IBM tornar-se líder mundial na produção de patentes. Há também os já amplamente divulgados títulos de Master Inventor e IBM Fellow. O primeiro é concedido a quem registra uma média de 20 patentes por ano. O segundo é considerado o cargo técnico mais nobre da IBM. Hoje, existem 105 fellows para uma comunidade de 3 mil cientistas.
Na 3M, o prêmio mais cobiçado é o Carlton Society, conferido a cientistas que criem tecnologias inovadoras – nenhum brasileiro conseguiu o feito. Já o Golden Step Award é destinado a equipes de não cientistas que desenvolvam um produto capaz de faturar US$ 10 milhões nos três primeiros anos pós-lançamento. Brasileiros já foram brindados com o Golden.

ESTRUTURA E SUPORTE 
Avalia como a empresa monitora o desempenho da inovação e quais as ferramentas que utiliza para este fim, como sistemas de treinamento, reconhecimento e premiação dos funcionários 


Incluir inovação nas atribuições cotidianas de todos os funcionários também é uma forma de estimular a criatividade interna. Para que eles cumpram a obrigação, a companhia deixa claro que cada um deve usar 15% de seu tempo para pensar, criar, sugerir. O empurrão a essa autonomia inovadora vem do programa Gênesis Grant. A cada três anos, a empresa seleciona ideias criativas e investe de US$ 10 mil a US$ 100 mil nelas. Com o dinheiro, o funcionário cobre os custos com matérias-primas, equipamentos, suporte, viagens.
Profissão: inovador (Foto: Reprodução)
A 3M também garimpa ideias nas universidades, por meio do programa University Relations. O objetivo é “trocar figurinhas” com estudantes que estejam pesquisando áreas de interesse da empresa. A IBM tem algo parecido. Seu recém-lançado Doutorando na Empresa convida estudantes de doutorado de diversas universidades a pesquisarem suas teses no laboratório da empresa. “Essa integração é interessante para os dois lados. O acadêmico pode se tornar um futuro pesquisador da empresa”, diz Claudio Pinhanez, gerente do laboratório brasileiro da IBM.
Já a WEG prefere se concentrar no público interno. Tem um portal online onde qualquer funcionário pode colocar suas ideias. Dali, elas seguem para a área de P&D, que faz uma triagem das melhores sugestões e decide quais sairão do papel. Há também os círculos de controle de qualidade, que envolvem 4 mil pessoas e funcionam como um celeiro de novas ideias. “A nossa gestão é participativa. Conseguimos extrair muitas inovações para os processos nesses comitês”, diz Milton Castella, diretor de engenharia e inovação da empresa. 

FONTE: epocanegocios


Nenhum comentário:

Postar um comentário