segunda-feira, novembro 4

OCDE: Jovens correm mais risco de desemprego que adultos no Brasil

Organização alerta para falta de qualificação profissional dos trabalhadores mais jovens e de incentivos para as empresas na hora de contratá-los


No Brasil, os jovens brasileiros correm três vezes mais risco de ficar desempregados que os adultos. A conclusão faz parte de um relatório sobre o emprego entre a população jovem brasileira divulgado nesta terça-feira (22), em Brasília, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). De acordo com o documento, em 2012, 46% dos desempregados estava na faixa etária entre 15 e 24 anos. Em relação ao total da população apta a trabalhar, 25% eram considerados jovens. 
De acordo com o relatório, a qualidade dos postos de trabalho ocupados por jovens é pior no Brasil que na média dos países da OCDE. O emprego informal, apesar da queda significativa nos últimos anos, ainda é alto e a mudança de empregos também é muito elevada para padrões internacionais. Entre os problemas que desencorajam a contratação de pessoas mais novas, estão a falta de qualificação necessária dos candidatos e os altos custos para as empresas na hora contratá-los. 
Para reduzir o índice de desemprego entre a população trabalhadora mais jovem, a OCDE recomenda que o Brasil invista em educação e em medidas de incentivo às empresas que estimulem a contratação de jovens, como a criação de um salário mínimo para jovens, por exemplo.  De acordo com o relatório, o Brasil, que tem uma proporção de jovens superior à da média dos membros da OCDE, investiu em 2010 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação - valor abaixo da média de 6,3% dos países da organização. Argentina, Chile e México são exemplos de países que investem mais que a média.
A OCDE sugere que o governo invista na qualificação de professores, na permanência dos jovens nas escolas  e em estágios profissionais.  Segundo o relatório, apenas 3,1% dos estudantes do ensino secundário fazem estágio no Brasil.  O documento diz ainda que, apesar do repasse dos royalties do petróleo em educação, o Brasil precisará fazer "esforços adicionais" para melhorar a qualidade do ensino básico e garantir que os investimentos em educação sejam gastos de forma eficaz.

FONTE: epoca.globo

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