O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) vai supervisionar a implantação do Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. O acordo foi assinado, na última segunda-feira (19), na sede do Comitê Organizador dos Jogos, logo após a apresentação do plano de gestão.
A diretora do programa no Brasil, Denise Hamú, disse que os técnicos “vão ver as estimativas, vão rever as metas, vão sentar e conversar, trocar umas ideias, falar o que não deu certo em tal lugar, trazer a troca de experiências, então, essa é a tarefa do Pnuma, ficar junto, mas separado, ao mesmo tempo, com uma visão crítica e de colaboração”.
Para ela, o esporte remete à sustentabilidade ambiental e o Brasil tem vocação para esta área. “A gente tem uma costa maravilhosa; nós temos a maior floresta tropical do mundo. Nós temos um clima especial; não temos tufões, tsunamis, terremotos, maremotos. Então, você pode imaginar a qualidade de um país como este, que tem a vocação para trabalhar com a questão natural”.
O diretor-geral de operações do Comitê Organizador, Leonardo Gryner, afirma que a participação do Pnuma é fundamental para validar o processo. “Eles [os técnicos] vão ter uma participação muito importante, primeiro na parte técnica, com a validação de todo o programa; no acompanhamento da gestão e na avaliação do progresso do programa. Ter uma referência externa é fundamental para dar credibilidade ao processo. Além da área de educação, de engajamento com a sociedade, mas principalmente pelo aspecto técnico, a credibilidade que traz, o conhecimento e a experiência deles”.
O presidente do comitê organizador, Carlos Arthur Nuzman, lembrou que o Comitê Olímpico Internacional incorporou a questão ambiental a todo o processo de organização dos Jogos, para minimizar os impactos causados pelo evento.
“O comitê, no final do século passado, passou a trabalhar a sustentabilidade, o meio ambiente, de uma maneira muito clara e muito direta, com as Nações Unidas. E o meio ambiente se tornou, com o esporte e a cultura, o terceiro pilar do comitê. Então é um valor muito grande que o movimento olímpico internacional defende, trabalha, exige e compartilha com as Nações Unidas”.
O Plano de Gestão da Sustentabilidade Rio 2016 foi elaborado em conjunto pelo Comitê Organizador, Empresa Olímpica Municipal, Escritório de Gerenciamento de Projetos do Governo do Estado, Autoridade Pública Olímpica e Governo Federal. As diretrizes contemplam os princípios de desenvolvimento sustentável ratificados pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, com os eixos: pegada ambiental reduzida, que envolve transporte e logística, desenho e construção sustentável, conservação e recuperação ambiental e gestão de resíduos; pessoas, com engajamento e conscientização, acessibilidade universal, diversidade e inclusão; e prosperidade, com cadeia de suprimentos sustentável e gestão e reporte.
FONTE: CicloVivo
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