Organizações mantidas por estudantes chegam a ter faturamento médio anual de R$ 460 mil
A oportunidade de dar o pontapé inicial na carreira pode estar bem perto de você. As empresas juniores das universidades estão cada vez mais próximas do mercado e cheias de oportunidades para quem quer ver e ser visto. Na PUC-Rio, por exemplo, a organização mantida por estudantes, que administram 16 projetos diferentes, teve faturamento médio de R$ 460 mil nos últimos três anos.
Para dar conta dos trabalhos, 17 alunos de diferentes cursos de graduação se dividem entre serviços, que vão da criação de websites ao planejamento de mercado. Segundo o presidente de empresa, Marcus Mota, de 21 anos, o maior ganho de quem passa por uma estrutura como essa é a maturidade para encarar o mercado:
— Quem faz estágio numa empresa convencional fica subordinado a um superior e recebe uma parte pequena do serviço como atribuição. Na empresa júnior, você entra como sócio e toma frente de todas as etapas — argumenta o aluno, que cursa o 5° período de Publicidade.
Apesar de ser pilotada por estudantes, não há espaço para amadorismos. Afinal, a cartela de clientes é de peso, com nomes como as redes Domino’s, Shell e Ipiranga. Cuidar do relacionamento com essas companhias é uma ótima oportunidade para quem deseja colocar seu nome na mira de futuros contratantes.
— Ficamos na linha de frente e podemos mostrar todo o nosso talento para essas empresas que atendemos. É bastante comum nossos colaboradores serem chamados para estágios e programas de trainee dentro dessas companhias — comenta Marcus.
A equipe de 23 estudantes que cuida da Empresa Júnior da ESPM-Rio não perde o fôlego. Segundo a diretora de marketing da organização, Rebecca Arruda, de 19 anos, até durante as férias da faculdade eles batem ponto, mesmo sem receber por isso.
— Estamos muito mais interessados em ganhar experiência de mercado do que ter uma remuneração, neste momento — justifica a estudante do 4º período de Marketing.
O empenho, segundo ela, vale a pena. Afinal, estima-se que mais de 90% dos estudantes que passaram por lá conseguiram uma oportunidade no mercado após a experiência.
— Quem atua numa empresa júnior sai capacitado para enfrentar o mercado lá fora. A partir do relacionamento com os clientes, os estudantes aprendem a se portar diante dos contratantes e se preparam para lidar com situações que exigem respostas mais rápidas — destaca Rebecca.
Outro ponto forte dessas empresas é o fato de abrirem espaço a alunos que não possuem qualquer experiência prévia, diferentemente de boa parte das vagas de estágio. Este é caso da grande maioria dos estudantes que entram para a Fluxo Consultoria, mantida por estudantes de Engenharia da UFRJ, como conta a diretora administrativo-financeira, Jenessa Dias, de 21 anos, aluna do 8º período de Engenharia de Produção.
— É uma oportunidade única de aprendizado, pois os alunos contam com todo um acompanhamento durante a execução dos projetos, feito por professores e membros da direção. Isso faz a diferença. Recebemos muitos relatos de pessoas que foram aprovadas em processos seletivos justamente por citarem a experiência na Fluxo — conta.
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