Marca faz sua terceira tentativa de lançamento no país e quer conquistar consumidores com ajuda das redes sociais
Desde a virada do ano, há uma novidade na prateleira do consumidor brasileiro. O biscoito Oreo, fora do mercado há dez anos, teve as vendas retomadas em todo o país.
É a terceira tentativa de lançamento da marca no Brasil, após breves intervalos em 1994 e 2004. E, na visão da fabricante americana de alimentos Mondelēz (ex-Kraft Foods), dessa vez, o momento é infalível.
Para o relançamento do produto no Brasil foram aplicadas lições aprendidas pela marca, tanto locais, como globais, explica Flavio Ackel, gerente da Oreo na Mondelēz Brasil. O investimento em comunicação, infra-estrutura e perfil de sabor foram prioritários, explica.
“Foram realizadas pesquisas com os consumidoresbrasileiros para chegar à fórmula ideal. No processo, aspectos como sabor, aroma, crocância e até mesmo embalagem foram levados em consideração”, afirma.
Boa parte da estratégia foi elaborada através do diálogo com os consumidores, com destaque para as redes sociais, que mostraram que o brasileiro está mais ligado em marcas globais. “No processo, vimos que havia grande interesse. A internet facilita a comunicação direta. Foram inúmeros contatos pedindo o retorno por meio das mídias sociais, além de telefonemas diretamente para a empresa”, conta Ackel.
Também caberá à web a missão de alinhar a Oreo nacional à imagem internacional do produto, reconhecido como uma marca icônica, moderna e antenada. As ações de marketing digital foram entregues a agência Lov, com a missão de estreitar o relacionamento com os 110 mil fãs do país que já curtiam a página global do biscoito.
Segundo a multinacional, o Oreo é líder global na categoria de recheados, com vendas de US$ 2 bilhões ao ano. É dessa posição que o produto avalia seus concorrentes, representados, no Brasil, principalmente pela Negresco, da Nestlé. “A tendência na categoria é a redução do consumo de biscoitos mais simples para uma busca maior nas gôndolas por algo que traga experiências e sabor diferenciado”, diz Ackel.
Para fabricar o produto, a Mondelez investiu R$ 72 milhões em uma linha de produção na fábrica de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, onde já produz o biscoito Club Social e os chocolates Lacta e Bis. Na sua primeira tentativa de entrada no mercado, em 1994, o biscoito era totalmente importado.
No segundo lançamento, em 2004, algumas matérias-primas importadas foram substituídas por insumos nacionais durante sua fabricação em Piracicaba, São Paulo. O gosto mudou e, com a desaprovação do público, a empresa descontinuou a marca dois anos depois.
De acordo com Alcke, a estratégia agora é seguir rigorosamente o perfil mundial de sabor do produto. Oreo chegou ao varejo nacional em três versões de embalagem: individual, com quatro unidades; familiar, com 10 unidades; e multipack, com quatro pacotes individuais, totalizando 16 unidades.
FONTE: exame.abril
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