As start-ups (empresas iniciantes de tecnologia) foram tema de discussão na última terça-feira (28) na Campus Party Brasil 2014, em São Paulo (SP).
Em vez de falar sobre o sucesso, Amure Pinho, CEO do Blogo (aplicativo para gerenciamento de blogs), Horácio Poblete, criador da Led.face (site de compartilhamento de dúvidas e respostas), e Maurilio Alberone, co-fundador da Edools (plataforma de ensino a distância) debateram sobre erros comuns cometidos pelas empresas iniciantes.
"Os erros servem para nos ensinar lições. Infelizmente, a cultura brasileira vê o erro como um fracasso e não como aprendizado. Falhar faz parte do sucesso", diz Poblete.
O UOL listou sete erros comuns cometidos pelas start-ups, de acordo com a experiência desses empreendedores.
1 - Esperar que o sucesso venha da noite para o dia
De acordo com Poblete, nenhum negócio começa bem-sucedido e dando lucro. Antes de tudo, é preciso planejamento e organização para aperfeiçoar o produto e captar clientes.
"O segredo das start-ups que fazem sucesso da noite para o dia é que elas já estão no mercado há um ou dois anos trabalhando duro", diz.
2 - Demorar demais para colocar o produto no mercado
Enquanto alguns esperam o sucesso repentino de uma start-up, outros demoram tempo demais para testar e colocar o produto no mercado, segundo Pinho.
Isso faz com que as empresas percam o momento certo de lançar a solução no mercado. "No Brasil, empreende-se com o pé no freio, com medo do erro. Óbvio que não dá para mergulhar de cabeça em qualquer ideia, mas não se pode levar três anos para validar um produto", afirma.
3 - Não fazer um plano de negócios
Uma boa ideia não basta para fazer um negócio prosperar, segundo Alberone. É preciso fazer um plano de negócios para que a empresa iniciante tenha metas, posicionamento no mercado, conheça os concorrentes e pratique preços adequados.
"Sem um plano de negócios, a start-up perde o foco, ela vai querer fazer tudo e no fim não fará nada", afirma.
4 - Ouvir todo mundo, menos o cliente
De acordo com Alberone, há empreendedores que se deixam levar pela opinião de amigos, parentes e até de professores, mas não ouvem quem realmente tem interesse no negócio: o cliente.
"A opinião do cliente é a que vale. Se o mundo inteiro achar sua solução genial, mas o cliente não comprá-la, não adiantará nada", declara.
5 - Não avaliar a aceitação do produto
O fluxo de vendas é um dos principais termômetros do negócio, segundo Alberone. É ele que vai mostrar ao empresário se o produto tem aceitação, se vale a pena continuar apostando no negócio ou se é melhor fechar as portas.
Por isso, segundo o empresário, é importante lançar logo o produto no mercado, para testar o seu potencial e, se ele não tiver o resultado esperado, abortar o investimento.
6 - Apegar-se a falsas estatísticas
Alguns números como quantidade de fãs e curtidas no Facebook e acessos ao site da empresa podem dar a falsa impressão de que o produto tem aceitação do público, diz o CEO do Blogo.
Porém, na prática, essas estatísticas não significam muita coisa para um negócio. "Tais números podem 'cegar' o empreendedor e maquiar a realidade por trás disso, de que o produto não é tão bom quanto se imagina", declara.
7 - Negar quando o negócio vai mal
Para Pinho, existem empreendedores que ficam "cegos" à frente do negócio e não percebem quando ele vai mal. Mesmo quando a empresa apresenta sinais como baixo faturamento, custos elevados, baixo número de vendas e metas não alcançadas, o empresário insiste que tudo está normal.
"Não reconhecer que algo está errado faz com que a empresa chegue a um ponto em que não é mais possível salvá-la", afirma.
FONTE: economia.uol
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