Cursar um MBA nas melhores escolas de negócio do mundo é o sonho de muitos jovens que atuam na área de administração e economia. Isso porque ter uma dessas pós-graduações no currículo pode multiplicar as chances de conseguir ótimos empregos.
O MBA feito no exterior – ao contrário dos cursos ofertados no Brasil – é um mestrado com foco profissional. O processo seletivo exige provas como GMAT e Toefl, além de ensaios e cartas de recomendação.
É comum que o aluno leve até dois anos desde o momento em que decide cursar o MBA até conseguir a vaga. Mas é preciso ficar atento: há excelentes escolas, como Harvard e Stanford, e muitas outras que não valem o investimento.
Hoje existem vários rankings, em geral feitos por jornais e revistas, que elegem quais são os melhores cursos de MBA. Mas especialistas advertem que é preciso olhar os rankings em perspectiva e entender o que cada um deles leva em conta. Alguns, por exemplo, avaliam o salário alcançado pelos ex-alunos; outros a qualidade acadêmica do corpo docente do curso; ou ainda a opinião das empresas sobre quais são os melhores cursos.

RANKINGS


Existem pelo menos 12 rankings diferentes. Na prática, recomendo-se que o aluno foque três rankings que são os mais populares e aceitos: da BusinessWeek, do US News e do Financial Times, este último o único dos três que inclui escolas do mundo todo. Segundo o ranking 2012 do Financial Times, a escola de negócios de Stanford é a número um, seguida por Harvard, Universidade da Pensilvânia (Wharton), London Business School e Columbia Business School, nesta ordem.
Mas um dos principais erros de quem vai escolher um MBA no exterior é levar em conta apenas a posição que a escola ocupa nos rankings, apontam os especialistas. Há excelentes escolas, por exemplo, que não costumam aparecer entre as dez melhores. O ideal é que a lista de possíveis cursos selecionados contenha duas ou três universidades das mais competitivas ou moderadas e duas menos concorridas.

DIFERENTES PERFIS


Em primeiro lugar, é preciso analisar qual é o seu perfil, para só então procurar a escola que irá atendê-lo de forma mais satisfatória. Algumas instituições, por exemplo, favorecem a competição, enquanto outras focam a cooperação. Assim, quem vai trabalhar no mercado financeiro ou em bancos de investimento pode se beneficiar em uma escola que estimule a competição, como Harvard. Outros buscam ambientes mais cooperativos, como o de Kellogg. Nesses, o foco está em trabalhos em equipe, desenvolver laços de amizade e formar uma extensa rede de contatos.
Cada instituição possui também uma metodologia que se destaca, seja baseada em aulas expositivas, na realização de pesquisas, no desenvolvimento de projetos ou em exercícios em casa. É preciso verificar qual a metodologia de ensino predominante e se ela está de acordo com a sua forma de aprendizado, especialmente por ser em outro país, com uma língua e uma cultura diferentes.
Outro item a ser analisado é a área de concentração específica da universidade. Algumas são mais voltadas para o marketing, enquanto outras, como o MIT, são focadas totalmente em tecnologia. A dica aqui é visualizar as escolas e programas pela internet e procurar estabelecer contato com alunos e ex-alunos para verificar a adequação do programa às suas necessidades.

EUA X EUROPA


A localização geográfica também deve influenciar na escolha. A principal divisão no mundo dos MBAs é entre EUA e Europa. Os americanos são mais antigos – afinal, foram eles que inventaram esse tipo de curso. Os europeus foram criados tendo como base os existentes nos EUA, mas depois se diversificaram, com modelos mais curtos, de um ano de duração. A faixa etária também costuma ser mais baixa nos MBAs americanos e mais alta nos europeus. A diferença, em média, é de cerca de quatro anos.
Assim, a escolha sobre onde cursar está ligada a preferências culturais do candidato e também a pretensões futuras de trabalho, se em empresas americanas ou europeias, ainda que multinacionais.
Embora EUA e Europa ainda sejam os grandes destinos, boas escolas têm se estabelecido em todos os continentes, inclusive na América Latina. Existem escolas na América Latina que têm programas assemelhados aos das escolas europeias e americanas. Logo, não há por que não cursar um programa latino-americano. Em especial se o candidato deseja fazer uma carreira no continente ou se a empresa para a qual trabalha tem interesses fortes na região.

FONTE: posgraduando