Em apresentação na Campus Party, o vocalista comparou empresas a bandas: para ter sucesso, é necessário ter fãs
Bruce Dickinson é conhecido mundialmente por ser o vocalista do Iron Maiden, uma das maiores bandas de metal do mundo. Mas nem todo mundo sabe que este inglês de 55 anos também ganha dinheiro longe dos palcos.
Dickinson fatura com produtos licenciados, é investidor anjo e ainda tem uma empresa de aviação. Depois de vir ao Brasil várias vezes com o Iron Maiden, desta vez o cantor veio ao país como um dos destaques da Campus Party, evento de tecnologia que acontece em São Paulo até 2 de fevereiro.
Em apresentação na Campus, Bruce Dickinson listou sete dicas para quem quer empreender e atingir o sucesso:
1) Anote suas ideias – Para criar um negócio, é preciso ter ideias e Dickinson faz uma analogia ao surgimento dessa inspiração – muitas vezes, somos picados por um "mosquito da criatividade", que pode aparecer a qualquer momento, seja no trabalho ou no bar. A picada desse mosquito pode trazer ideias geniais. Mas é muito fácil esquecer as sacadas que temos. "Para que isso não aconteça, sempre anote suas ideias, seja no papel ou no celular, para que você não perca a chance de prosperar", diz o inglês.
2) Aposte em um bom relacionamento com seus clientes – Segundo Dickinson, dá para ganhar dinheiro fazendo qualquer coisa, seja num açougue ou em uma empresa de tecnologia. No entanto, é impossível ter sucesso sem ter um bom relacionamento com o consumidor. Em outras palavras, é preciso atender bem para que os clientes gostem de uma empresa na hora de comprar algo e quando for necessário resolver algum problema do pós-venda.
3) Depois, transforme-os em fãs – Quando o assunto é a conquista do público, Dickinson sabe do que está falando. Afinal, o Iron Maiden é uma das bandas com fãs extremamente apaixonados. Os admiradores do Maiden sempre lotam os shows e compram discos novos por uma simples razão: eles amam a banda. E o mesmo pode ocorrer com as empresas. "Basta ver o que a Apple consegue fazer em um lançamento, com filas e mais filas nas lojas. Apesar de os produtos serem ótimos, essa febre só existe por causa da adoração dos consumidores pela empresa", afirma.
4) Inove – Dickinson diz que criar é imprescindível para a sobrevivência de uma empresa. Ele faz uma comparação ao Iron Maiden: se eles não lançarem discos novos, a banda se transformará em apenas mais uma banda com sucessos de karaoke. O mesmo se aplica às empresas. Se um negócio não tem algo novo, outro o terá – o que fará a empresa que “ficou para trás” perder dinheiro e ter dificuldade para manter sua base de fãs.
5) Olhe também para o passado – Nem sempre é necessário pensar em uma solução mirabolante para prosperar. Às vezes, olhar para o passado pode ser a solução. Na apresentação, Dickinson falou dos celulares mais antigos, como modelos da Nokia sem muitas funções, mas que são mais difíceis de quebrar e têm baterias que duram uma semana. "Já pensaram que, apesar dos smartphones, muita gente não está nem aí para eles e só quer um aparelho que faça e receba ligações? Nem sempre é preciso pensar fora da caixa para ter sucesso", diz Dickinson.
6) Seja único – A quarta e a quinta dicas do vocalista levam o empreendedor a caminhos diferentes. Mas em todos os casos, os empreendedores precisam criar algo que ninguém nunca pensou em fazer e que ofereçam soluções para a vida das pessoas. "No Iron Maiden, é mais fácil ser único, pois ninguém é igual a gente. Nos negócios, a história é outra. Por outro lado, bons relacionamentos e grandes ideias facilitam bastante as coisas."
7) Se tudo der certo, vender ou manter a empresa? Depende – Como investidor, Dickinson já trabalhou tanto com empreendedores que venderam suas empresas quanto com pessoas que querem manter o controle de um negócio até o fim dos dias. Quando perguntado sobre qual o melhor caminho a seguir, o inglês disse que não há uma receita mágica: tudo depende. Uma dica que pode ajudar um empreendedor nessa situação é a análise do mercado. "Se, entre os concorrentes, há uma empresa que pode absorvê-lo um dia, o mais apropriado é vender. Mas se o empreendedor nadar solitário no mar, é melhor aproveitar o mercado e continuar com a empresa", diz.
FONTE: revistapegn.globo
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