domingo, novembro 3

Mais do que a tela: trabalhar com o ensino a distância requer competência

Inovar nos contextos de aula e dominar as ferramentas digitais são requisitos para quem pretende seguir na área


Studio Cl Art/Photl.comModalidade se constitui em estímulo à ampliação da infraestrutura de comunicação necessária
Para quem quer aprender, distância e geográfica são apenas duas palavras no dicionário que, juntas, significam pouco, quase nada. Em plena era digital, o ensino passa por coerente mutação de estilo e se abre às novas possibilidades, encontrando em recursos antes não explorados o caminho para transformar a realidade do estudante brasileiro. O futuro da educação em meios aos bytes de informação da web desafia o país e se manifesta também na opção dos leitores do Pense Empregos.
“O ensino a distância é uma modalidade em crescimento no Brasil”, diz o coordenador de Ciências da Computação na Unisinos, professor Sandro Rigo. “E em diversos outros países que compartilham situações geográficas ou sociais similares.” No nosso caso, nem mesmo o ainda restrito acesso à internet de alta velocidade é empecilho. De acordo com o docente, compartilha-se, hoje, a percepção de que o EAD se constitui em estímulo à ampliação da infraestrutura de comunicação necessária.
Em comparação aos cursos presenciais, também não há motivo de preocupação. O professor destaca que em avaliações oficiais – como o próprio Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) – as ofertas a distância apresentam resultados iguais ou superiores aos seus equivalentes em modalidade mais tradicional. “Essa situação indica que o EAD proporciona aos alunos as mesmas condições de desenvolvimento de competências e conhecimento”, observa.
Nesse processo, quem está nos bastidores para tornar o ensino possível é tão importante quanto o professor que dá a aula. Ter conhecimento para lidar com as ferramentas digitais consiste em aspecto fundamental para o bom resultado junto aos alunos. Por isso, boa parte das instituições envolvidas em EAD possui equipes para capacitar e qualificar os docentes no uso das tecnologias.
Na Unisinos – que tem polos de EAD no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná – existe até uma especialização chamada Gestão em Educação a Distância que assegura o know-how daqueles em preparação para esse mercado de trabalho desafiador, tanto em recursos quanto em metodologia. “Os principais motivos de escolha pelo curso estão associados ao ritmo acelerado de modificações observadas no ensino”, aponta Rigo.
Cenário no Brasil

Com cerca de 9.400 cursos ofertados e 7.700.000 matrículas em 2012, segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância, a modalidade de ensino cresce rapidamente no país. Só para uma breve comparação, em 2009, essa mesma pesquisa indicava apenas 530.000 matrículas.

Esse panorama significa, igualmente, boas perspectivas de continuidade no mercado e, possivelmente, aumentos salariais – os salários, hoje, acompanham as médias da educação como um todo. “Os processos de EAD estão melhorando com o uso mais efetivo de recursos das áreas de Tecnologia de Informação e Comunicação. Com isso, fortalecem-se os processos de personalização do aprendizado”, destaca o professor.
Para quem quer seguir nessa área, interesse pela educação e proximidade aos recursos tecnológicos são características importantes. Saber como ampliar ou diversificar as possibilidades no contexto da sala de aula faz toda a diferença para que o ensino a distância não caia no reducionismo do processo computador-computador, mas se amplie a um método de interação inovador, adequado às necessidades do meio acadêmico.

FONTE: penseempregos

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