Ao elaborar estratégias para apresentar seus produtos ou serviços ao mercado, toda empresa deve ter uma análise clara de todos os fatores que podem influenciar a sua execução e cumprimento.
Tais fatores são variáveis existentes no ambiente de mercado, e podem ser internas ou externas, determinando sua modelagem, além de mudar as intensidades, os costumes e os acontecimentos do processo de comercialização. As principais variáveis na decisão empresarial são as influenciáveis e não influenciáveis
Para que se possa decidir sobre quais estratégias poderão dar melhor cumprimento às metas da empresa, devemos antes conhecer cada uma destas variáveis mercadológicas.
As variáveis influenciáveis são aquelas sobre as quais a empresa pode exercer qualquer tipo de controle, decisão ou gerenciamento, aplicando ações táticas que determinem o comportamento no seu mercado, quais sejam: a concorrência, o produto, o preço, a distribuição, a propaganda e a promoção.
Já as variáveis não influenciáveis independem das ações da empresa, mas provocam alterações substanciais no mercado. São elas: a legislação, a ética, a política, a cultura, o sistema social, a religião, os comportamentos e a economia. Há que se atentar para a criticidade da abordagem econômica, pois na elaboração de qualquer estratégia é de fundamental importância o fator renda, dado o seu caráter limitante, até porque sem renda não há demanda, a não ser por serviços sociais.
Devem obrigatoriamente as empresas, ou melhor colocando, os Gestores devem estar atentos à todas estas possíveis ocorrências, avaliá-las e adotar políticas que consigam conciliá-las aos objetivos empresariais, mesmo que para isso tenham que alterar o mínimo que seja do seu planejamento estratégico.
Sabe-se que a sociedade é uma estrutura complexa e perfeitamente mutável, na qual as pessoas estão em permanentemente confronto e disputa, interligando-se e interdependendo-se. O homem como ser gregário, reflete isso na sua necessidade de pertencer a um corpo social, grupo de relacionamento pessoal, profissional, amoroso, esportivo ou qualquer outra manifestação grupal, essa necessidade faz com que os consumidores, a cada momento, se tornem mais exigentes, aprimorem suas análises e alterem suas decisões de compra.
Os aspectos econômicos e sociais por sua vez, juntos, provocam mudanças na tecnologia, com reflexos no planejamento do produto e na definição das estratégias de marketing. Portanto, pesquisas constantes para o desenvolvimento e a atualização tecnológica devem estar aliadas ao marketing para fazer frente a mercados cada vez mais competitivos e dinâmicos.
Considere também o peso preponderante dos fatores políticos e legais, as normas legais que regulamentam as operações de venda, interferem na composição de preços, determinam os critérios de financiamento à produção, controlam o sistema de crédito, sem esquecer do Código de Defesa do Consumidor. Fatores estes que, no seu conjunto, se inobservados, podem resultar até no encerramento das atividades de uma empresa.
Compreendemos que para uma empresa atuar com eficácia, há que harmonizar e compatibilizar suas ações de mercado, enquanto inseridas no macroambiente (forças demográficas, tecnológicas, ecológicas, políticas e legais), e no microambiente (forças da concorrência, fornecedores, canais de distribuição, público-alvo e funcionários).
Existe um dito popular que diz “não existe vento favorável para quem não sabe navegar”, pode-se complementar com uma colocação importante, o gestor deve delegar, ter um profissional de marketing ao seu lado, e este deve ser um profissional de visão e não de viseira.
Raimar Richers, em sua obra “Marketing, uma visão brasileira” (RRCA, São Paulo. 2000), tratou da interação entre a empresa e o meio-ambiente, através de um sistema de marketing, que denominou de os “4 As”, discorrendo sobre a finalidade da análise, as necessidades e o desenvolvimento de adaptação, os meios e ferramentas de ativação, e a importância da avaliação (estes conceitos devem ser devidamente estudados e avaliados dentro de uma ótica mais científica, a partir do estudo do Fluxo Ampliado de Marketing).
E que chamou a atenção para um importante princípio estratégico: “O marketing jamais deve ser concebido como um conjunto de funções desconexas, ele deve ser entendido como um fluxo contínuo e sistêmico, de modo que as pessoas se deem conta do entrosamento e da “intercambialidade”, de seus elementos”.
Em uma visão acadêmica ampla utilizar o marketing como o agente integralizador dos departamentos de uma organização, para evitar que o seu processo seja feito em bateladas (uma quantidade de cada vez), o mais correto e o ideal é que este processo seja contínuo, aproveitando as potencialidades do marketing de maneira mais intensa.
O sistema de organização proposto por Richers pode ser assim expresso: “Fazer marketing é uma forma de sentir as necessidades do mercado através da análise, criar produtos ou serviços que atendam a essas necessidades mediante a adaptação e obter a venda por meio da ativação. Mas não é só isso, é preciso avaliar os desempenhos para, aí sim, integrar o marketing através de todas as suas funções”.
Procurando desenvolver uma abordagem estratégica que, de forma sistemática e objetiva, pudesse dotar o marketing de uma ação integrada, Jerome McCarthy nos apresentou o que hoje é uma das estratégias mais largamente adotadas, o Composto de Marketing, ou como é devidamente abordado no ambiente acadêmico o Mix de Marketing – os 4 P´s.
FONTE: implantandomarketing
Nenhum comentário:
Postar um comentário