Você se lembra quando para fazer uma ligação telefônica interurbana, você pedia auxílio à telefonista e a tal ligação só era completada horas depois? Talvez os mais jovens nem saiba que era isso o que acontecia.
Hoje fala-se ao telefone de qualquer lugar para qualquer lugar e a qualquer momento com um simples teclar de dedos.
A verdade é que o processo de globalização fez o mundo “encolher”. Não existe mais as noções de tempo e espaço da maneira como eram avaliados.
A globalização fez o mundo dos negócios se “acelerar”. Aquisições, fusões e novas formas de negócios estão acontecendo a toda hora e em qualquer lugar nesta “pangea” dos tempos modernos.
Infelizmente, esta aceleração rápida, contínua, dinâmica e incessante não está sendo acompanhada pela qualidade dos profissionais do mundo do trabalho.
Fala-se muito em atração, desenvolvimento e retenção de talentos, mas, ao mesmo tempo, exista a queixa da falta de profissionais qualificados.
Isto, afirmam os especialistas, se deve ao fato que as escolas e universidades não estão preparando de forma adequada seus alunos, e futuros profissionais, com a qualidade que o mercado globalizado exige e necessita.
Parece existir sempre um “atraso” em função da velocidade das mudanças, ou seja, existe um despreparo dos profissionais para enfrenta-las. E, quando estes profissionais se tornam preparados, novas mudanças já ocorreram, fazendo com que seu conhecimento e suas habilidades se tornem ultrapassadas.
Este fenômeno é universal. Por isso não devemos esquecer nunca que o “novo” de hoje será antigo amanhã.
E como preparar-se para isso? Depende de cada um. Não existe uma “receita de bolo” que possa ser aplicada a todas as pessoas. Cada uma delas deve ter a consciência de como se desenvolver para se tornar um profissional desejado pelo mercado.
Independentemente do tipo de trabalho – celetista, pessoa jurídica, profissional autônomo ou temporário, terceirizado ou free lancer – existem, a meu ver, três aspectos fundamentais que podem fazer a diferença na vida profissional e na carreira de qualquer um de nós.
Estes três aspectos são representados pelas letras G, P, e S.
1 – G de gostar
Você gosta daquilo que você faz?
Isto é fundamental. Gostar ou amar de paixão sua atividade lhe proporciona a motivação e a felicidade necessárias para seu crescimento e desenvolvimento profissionais.
Quando você cresce, você é promovido. Não esqueça que promoção também significa dar impulso. O gostar irá impulsioná-lo para exercer níveis superiores e mais complexos da sua atividade.
E isto está diretamente relacionado ao seu dom, aos seus talentos e à sua vocação. De uma forma bem resumida, temos:
- dom – é um presente, uma dádiva, que “nasce” com a pessoa. É aquele “algo especial” que permite a realização de uma determinada tarefa com extrema facilidade.
- talento – é o que produz o aprimoramento do dom, tornando as pessoas capazes de realizar tarefas cada vez mais complexas e que, além de produzir resultados cada vez melhores, as tornam distintas, diferentes, não ordinárias, extraordinárias.
- vocação – é o chamamento; é aquela voz interior, a que vem da alma e que nos faz sentir prazer e felicidade em realizar determinada tarefa e, enquanto é realizada, ela se torna fácil, pr mais árdua que seja.
Enquanto dom e talento caracterizam a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa, o conjunto dom + talento + vocação agrega mais uma característica: a razão certa, como sugere Wong.
Este quarto elemento – a razão certa – faz a pessoa ir além e encontrar o propósito e o significado da sua atividade, não importando se ela é um CEO, um profissional autônomo, um funcionário público ou um gari.
Já me referi a isso em outros textos, mas acredito que nunca é demais recordá-los.
2 - P de produzir
Se você aplica o G do item anterior à sua atividade, seja ela uma ocupação ou uma profissão, certamente você está produzindo algo, gerando resultados e lucro. Não simplesmente algo, mas algo com qualidade e que leva a sua marca,
Não preciso nem me alongar ao afirmar que estes resultados serão sempre melhores em função de uma competência técnica sempre crescente.
Sim, necessitamos ser cada vez mais competentes naquilo que fazemos para entregarmos resultados sempre melhores. Se assim não o fizermos, certamente nosso concorrente o fará.
Por isso nossa educação será sempre contínua, quer queiramos ou não.
Cássio Rosseti afirma: “lembre-se de que tudo no universo se move e se transforma. E a evolução dos negócios está e sempre estará associada aos movimentos, às transformações e ao conceito de novo.”
Para produzir mais e melhor, o profissional deve ter a sensibilidade para perceber para onde sua atividade caminha e não ficar relembrando o seu passado profissional. O que foi feito no passado não será o mesmo que você produzirá no futuro. Tenha a consciência de que o mundo onde você nasceu não é o mesmo que você vive hoje e nem será o mesmo quando você morrer.
3 – S de satisfazer
Quando você tem uma atividade da qual você gosta e produz com qualidade, você está satisfazendo e atendendo demandas pessoais, empresariais ou grupais, seja na forma de produtos, processos ou serviços.
São estas três pequenas coisas – gostar, produzir e satisfazer – que podem se tornar o diferencial que o mercado exige de seus profissionais.
Bem, você deve ter percebido que estas três letras – G, P e S – seguem uma sequência lógica.
Coincidentemente, esta três letras também caracterizam aquele aparelho que “calcula sua posição cronometrando os sinais enviados por GPSs e satélites que transmitem continuamente mensagens que incluem o tempo que a mensagem foi transmitida e a posição do satélite no momento da transmissão da mensagem.”
A sigla GPS significa global positioning system a qual, em português, é conhecida por sistema de posicionamento global. Isto implica no seguinte fato: quem possui um GPS pode ser encontrado em qualquer lugar quando localizado pelos satélites que compõem o sistema.
Esta explicação se faz necessária porque se adequa perfeitamente à ideia e ao contexto destas linhas. Se você mantem seu GPS de carreira sempre “ligado”, existe uma grande probabilidade de você ser localizado pelos “satélites” deste conjunto, representados pelos recrutadores e headhunters. Isto quer dizer que você poderá ser facilmente encontrado quando o mercado exigir profissionais que atendam às suas necessidades.
Para este profissionais, os que tem seu GPS sempre “ligado”, o sentido de procura de trabalho passa a ter um sentido inverso: em vez deles procurarem trabalho, será o trabalho que irá em sua busca.
Deu para notar a diferença que o seu GPS pode fazer na sua carreira?
FONTE: RHCentral
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