terça-feira, setembro 9

TRAINEES: Fatores de Atração

Marca e identificação com a cultura são os critérios mais importantes para os jovens escolherem um programa de trainee


Fatores de Atração Trainees / Crédito Shutterstock
Fatores de Atração Trainees / Crédito: Shutterstock


O que leva um jovem a escolher um programa de trainee de uma determinada empresa e não o de outra? Dois fatores pesam, e muito, nessa decisão. Força da marca e identificação com a cultura organizacional são os principais aspectos levados em conta pelos jovens na hora de escolher um programa dessa natureza. É o que aponta a pesquisa Trainee do Futuro 2014, elaborada pela Seja Trainee com o apoio da Page Talent, unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees.

De acordo com os dados do levantamento, 59% dos jovens levam em consideração a marca, a identificação com a cultura da companhia e a sua área de formação na hora de optar por programa de trainee. Outros motivos são: estrutura do programa (54%), segmento de atuação (47%), módulo internacional (32%) e remuneração (31%). “A pesquisa se baseia numa amostragem quantitativa e nos relatos fiéis que os jovens compartilhavam conosco: o que valorizam e buscam nas companhias”, explica Kleber Piedade, diretor da Seja Trainee.

Na hora de escolher os programas de trainee, os candidatos finalistas se inscrevem em cerca de 15 processos seletivos, dos quais avançam para cerca de seis dinâmicas de grupo e duas fases finais. Quando se analisa somente o grupo de trainees aprovados (210), verificam-se quatro empresas nas fases finais.

Para eles, os principais critérios para escolha do programa são força de marca, área de trabalho e identificação com a cultura da empresa. Quando pensam na sua jornada enquanto trainee, o que mais faz brilhar os olhos dos jovens são as oportunidades de desenvolvimento que os programas oferecem. Algumas das iniciativas mais valorizadas são o coaching, os treinamentos e o job rotation. “Esses indicadores mostram o desafio de atração, tanto para a empresa quanto para a consultoria de seleção, que deve identificar o candidato mais adequado à posição e que possui realmente motivação para trabalhar lá”, afirma Flávia Queiroz, gerente da Page Talent.

As melhores práticas
Os candidatos finalistas também avaliam as melhores práticas que vivenciaram nos processos seletivos. Foram avaliadas 415 respostas abertas, e dentre elas destacam-se:
* Inovação no processo seletivo com atividades lúdicas ou colaborativas

* Acompanhamento: proximidade e comunicação com candidato

* Estrutura do processo seletivo: mudança de ordem tradicional, exclusão ou inclusão de fases

* Comunicação: feedback para aprovados e reprovados

De onde vêm

O estudo também conseguiu detectar as principais características do jovem finalista. Quase a totalidade possui nível avançado ou fluência em inglês (98%), tem idade média de 24 anos e 46% estão no estado de São Paulo, seguido pelo estado de Minas Gerais, que representa 19% da amostra. Três em cada quatro aprovados como trainee estudaram em universidades públicas (72,34%).

Outro dado verificado no levantamento foi referente à área de formação desse trainee: da base consultada, 49% vêm da área de humanas; 47% de exatas; e 4%, biológicas.

Dos respondentes de humanas, os cursos que predominaram foram administração de empresas, relações internacionais, ciências econômicas e publicidade e propaganda. Em exatas, aparecem graduados em engenharia de diversas especialidades como produção, química, elétrica, mecânica, civil, agrônoma, ambiental e de materiais. De biológicas, apareceram graduados em bioquímica e ciências biomédicas. No levantamento, foi possível checar, ainda, outras qualificações e experiências dos candidatos. Além do domínio do idioma inglês, 33% declararam ter nível avançado ou fluência em espanhol, 8% em francês e 5% em alemão.

Ter uma experiência no exterior também é uma realidade para a grande maioria: 84% declararam ter visitado outro país. Para saber qual foi o tipo de experiência, 45% informaram ter morado fora do Brasil de três a 12 meses; 33% moraram no exterior até três meses; 15% residiram fora por mais de um ano e 15% cursaram faculdades em outros países.
Blend de experiência

Já o tipo de experiência profissional desse candidato a trainee é bem diversificado: 61% participaram de estágio em empresa de grande porte; 54% fizeram estágio em pequena ou média empresa; 39% trabalharam como efetivos ou CLT e 9% atuaram em projetos de empreendedorismo ou startups.

O engajamento na faculdade foi outro indicador de experiência verificado. A iniciação científica foi realidade para 37% deles; os que atuaram em empresa-júnior foram 27%; já 9%, na Aiesec (organização sem fins lucrativos gerida por jovens e que desenvolve liderança responsável e empreendedora por meio de intercâmbios realizados em parceria com organizações, instituições e negócios ao redor do mundo), e 33% estiveram presentes em outros núcleos da faculdade.
O que eles procuram nas empresas 
Os critérios que os jovens levam em consideração na hora de participar de um processo seletivo de trainee:
Do que eles mais gostam
Aspectos mais valorizados em um programa desse tipo:
Para se inscrever
Como os candidatos se informam sobre esses programas:
* 59% nome da empresa e força da marca
* 59% área de trabalho
* 56% identificação com a cultura da empresa
* 31% remuneração e benefícios

* 54% pela estrutura do programa de trainee
* 47% segmento de atuação
* 32% módulo internacional
* 22% inscrever-se no máximo possível de oportunidades
* 54% coaching e mentoring
* 44% treinamentos
* 40% job rotation
 * 36% remuneração e benefícios
* 34% funções e projetos do trainee
 * 32% posição pós-programa
* 18% módulo internacional
* 16% proximidade com liderança
 * 81% portais de trainee
* 73% sites das consultorias
* 55% canais oficiais das empresas
* 54% grupos de vagas no Facebook e LinkedIn
* 36% veículos de notícias
* 34% indicação
* 17% meios de comunicação dentro da faculdade
* 11% feira de recrutamento



FONTE: RevistaMelhor

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