Para quem não sabe os pares são as pessoas com quem fazemos parcerias na vida acadêmica. A vida acadêmica é feita de trocas – de experiências, conteúdos, posicionamentos. E só existe a troca entre duas ou mais pessoas.
Assim, como o ser humano é um ser gregário que vive em comunidade, a vida acadêmica também o é. Não existe aprendizado solitário ou sem interação.
A formação dos pares começa ainda na graduação. É comum começar as parcerias com os professores orientadores de iniciação científica e TCC. Ao longo do tempo, parcerias vão se firmando também com colegas do mesmo nível de aprendizado (ou níveis mais avançados) e que se interessem pela mesma área e pelas mesmas teorias, ou teorias distintas também, num sentido de intercâmbio para conhecer aquilo que se defendo ou não. Os professores orientadores salientam bem a necessidade de se conhecer todas, ou a maior parte, das áreas e teorias sobre uma dada questão, pois só assim posso defender a minha filiação. Em programas de pós-graduação é comum termos disciplinas abrangentes que mostrem percursos diversos e linhas teóricas distintas para que na prática da pesquisa o pós-graduando e pesquisador possa delimitar bem o seu percurso.
São com os pares que se constroem as afiliações teóricas e que o estudo começa a render frutos, pois há a troca de opiniões, pontos de vista sobre uma questão.
Na pós-graduação e na vida acadêmica profissional essa relação é ainda mais imprescindível. Aquela hora do cafezinho no intervalo de uma aula ou um coffee-break em um congresso, é ali e em todas as situação comuns de uma vivência em que pode surgir e se encontrar um par.
Nem só de teoria e rigidez é feita a academia. Os malucos que se aventuram pelo árduo mundo da pós-graduação e do desenvolvimento da pesquisa científica, fazem parte de uma família e do mesmo modo precisam de amor, carinho, cuidado, têm carências como qualquer ser humano na face desse planeta miraculoso.
Não é só para discutir teoria, fazer grupos de estudos, ler o artigo e dar um pitaco quando ele tá pronto que são as funções dos pares. Eles são amigos de verdade, só que além do afeto e da familiaridade há um compromisso profissional e estudantil. Para um par você pode ligar quando é a primeira vez que você vai naquele campus no qual ele já foi e pede socorro sobre as localizações. Você pode desabafar as mágoas e contar que não foi aprovado no concurso de uma dada instituição e em breve ligar de novo contando que outra te escolheu ainda que seja um contrato temporário.
Então minha gente é hora de valorizar os pares, pois são eles que dão vida à Academia. Num mundo cada vez mais tecnológico, cada vez mais robotizado, em que conversamos com máquinas e não com pessoas em si, os pares humanizam e nos fazem transcender na vivência real.
FONTE: posgraduando
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