No mundo inteiro, os investimentos em energias renováveis e tecnologias de baixo carbono – como redes inteligentes e veículos elétricos – devem cair até o final de 2013, seguindo uma tendência que se arrasta por dois anos consecutivos. Segundo um estudo elaborado pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF), no terceiro trimestre foram investidos 45,9 bilhões de dólares no setor, 14% a menos do que no segundo trimestre e 20% a menos do que no mesmo período de 2012.
Entre os principais fatores apontados para a queda de interesse nas energias limpas, aparecem a falta de vontade política, o aumento do uso do gás natural e as dúvidas sobre o futuro dos subsídios, além da crise econômica que vem assolando vários países. Com a desconfiança dos investidores, dificilmente os recursos para estes negócios “verdes” ultrapassarão a marca de 281 bilhões de dólares registrada em 2012, que já era 11% menor que o valor investido no ano retrasado.
“Essa redução reflete as incertezas políticas na Europa, a atenção dada ao gás nos Estados Unidos, uma estagnação dos investimentos em energia solar e eólica na China e um enfraquecimento da vontade política nas grandes economias. Governos aceitam que o mundo está enfrentando um grande problema com as mudanças climáticas, mas, pelo menos por enquanto, estão muito preocupados com assuntos domésticos de curto prazo para tomarem as ações necessárias”, declarou o presidente da BNEF, Michael Liebreich.
Enquanto o dinheiro aplicado para energias renováveis caiu na maioria dos países, o Brasil se destacou por um ligeiro aumento – passando de 950 milhões de dólares no segundo trimestre para 1,1 bilhão de dólares no terceiro.
Correspondendo às expectativas da média geral, os investimentos nos EUA passaram de 9,4 bilhões de dólares no segundo trimestre para 5,5 bilhões no terceiro – sem dúvida, um índice preocupante. Na China, o aporte de recursos foi de 13 bilhões de dólares para 13,8 bilhões.
Além de apontar um cenário menos pessimista para o Brasil, o estudo realizado pela BNEF também mostra uma perspectiva positiva para os projetos de instalações fotovoltaicas em propriedades particulares: de acordo com o levantamento, os investimentos de pequena escala caíram de 20,1 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2012 para 17 bilhões de dólares neste ano. No entanto, o documento ressalta que a diminuição está relacionada à queda dos preços dos equipamentos de geração solar, e não à falta de interesse pela alternativa energética. Com informações do Instituto Carbono Brasil.
FONTE: CicloVivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário