domingo, julho 14

MARCAS FAMOSAS: A HISTÓRIA DA BOEING


O sobrenome de Willian Boeing, fundador da empresa, tornou-se sinônimo de avião. BOEING 737, 767, 757, 747 ou mais recentemente 777. E dificilmente quem anda ou já andou de avião não voou em um desses. O usamos também quando nos referimos a algo muito grande, dizendo que tal coisa “é do tamanho de um Boeing”. A empresa americana é um exemplo simples de como as marcas podem estar inseridas na nossa comunicação diária.

A história William Edward Boeing nasceu na cidade de Detroit em 1881, descendente de uma família de origem alemã. A família Boeing mudou-se para Seattle, na costa oeste americana. William cresceu e tornou-se um bem sucedido empresário do ramo madeireiro nos arredores de Grays Harbor, estado de Washington. Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, William e seu amigo George Conrad Westervelt, engenheiro e comandante de um esquadrão da marinha americana, começaram a acalentar o sonho de construir um hidroavião tão bom, ou melhor, que os já existentes. Compraram um hidroavião Martin e estudaram sua construção nos mínimos detalhes. Finalmente, criaram seu próprio modelo, batizado de B&W 1, que decolou em 29 de junho de 1916. Era o primeiro vôo de um BOEING. Surgia assim a Pacific Aero Products Company.Mostraram à marinha o avião, que logo agradou. Modificações foram feitas, e o novo modelo foi chamado de B&W “C” Model. Em 1917 foi declarada guerra à Alemanha. A Marinha encomendou 50 unidades do C-4, diretamente a Boeing Airplane Company, razão social adotada em 26 de abril do mesmo ano. Com o fim da guerra, a empresa encontrou dificuldades para sobreviver: passou a construir modelos desenhados por outras companhias. Seus projetistas desenvolveram então um ótimo avião, o trimotor para 12 passageiros conhecido como Model 80. Com esta aeronave, em 1926 a empresa venceu a concorrência para iniciar serviços de transporte de correio: nascia uma subsidiária, a Boeing Air Transport. Uma novidade foi à contratação de uma aeromoça (na verdade, uma ex-enfermeira) para cuidar dos passageiros durante os vôos entre San Francisco e Chicago. Com esta empresa aérea, muita experiência operacional foi adquirida.


Em 1932, a tradicional United Airlines adquiriu 60 unidades do Boeing 247, então a mais avançada aeronave produzida na América. A popularidade das viagens de avião durante a década de 30 e o crescente número de passageiros querendo voar sobre o oceano, levou a Pan American Airlines a procurar um hidroavião quadrimotor de longo alcance. Em resposta, a BOEING desenvolveu o modelo 314, conhecido popularmente como “Clipper”, que tinha alcance de 3.500 milhas e realizou oficialmente o primeiro vôo transatlântico no dia 28 de junho de 1939. Cerca de um ano depois, o Clipper estava voando rotineiramente através do Oceano Pacífico. Em 1936, outra aeronave que tornou a BOEING famosa começava a sair das pranchetas: foram os primeiros protótipos do B-17, apelidado de “Fortaleza Voadora”. No ano seguinte, o quadrimotor terrestre, BOEING 307, primeiro avião norte-americano pressurizado, foi lançado no mercado. Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, as encomendas explodiram. Findado o conflito, a empresa desenvolveu um novo avião para transporte de passageiros, o modelo 377 Stratocruiser.


A vitória sobre a Alemanha nazista rendeu frutos inesperados. Os engenheiros da BOEING tiveram acesso aos projetos alemães, muito mais avançados em campos como propulsão e aerodinâmica. Com estes papéis em mãos, a empresa desenvolveu em 1950 seu primeiro jato, o B-47 Stratojet com seis turbinas; e seu projeto mais notável, o bombardeiro B-52 (que, passado mais de meio século, continua operacional na Força Aérea Americana). Com a força destes sucessos comerciais, a BOEING avançou em outras áreas da indústria aeroespacial. Foguetes balísticos intercontinentais de ataque, o módulo de propulsão do foguete Saturno V (que levaria o homem à lua), helicópteros Chinook, hidrofólios (peças que ajudas a abaixar a proa do barco), hovercrafts e mesmo um caça tático bi-supersônico são alguns dos projetos da empresa nos anos 60, quando já contava com mais de 100.000 funcionários e fábricas em Seattle e Wichita, Kansas.


No campo comercial, o sucesso do BOEING 707 deu origem a mais dois modelos: o tri-jato 727 em 1961, e em 1965 ao birreator 737, o avião mais vendido na história comercial da aviação. Os anos 60 marcaram ainda o mais fantástico projeto da empresa: o primeiro Widebody (conhecido como Jumbo), que ficaria famoso pelo nome comercial de BOEING 747. O cancelamento do supersônico 2707 e a crise energética de 1973 não ajudaram em nada os planos da empresa. A BOEING porém continuava líder inconteste no mercado civil, tendo entregue seu 3.000º jato comercial, um 727-200 para a Northwest Airlines, em 1977. A nova e terceira geração de jatos comerciais começava a ser desenvolvida com o anúncio do lançamento, em 1978, dos BOEING 7N7 e 7X7, que viriam a ser respectivamente o 757 e 767. Os anos 90 foram os mais difíceis para a empresa. Afinal, foi neste período que surgiu o único competidor capaz de enfrentá-la. Em número de encomendas, a BOEING perdeu o primeiro lugar como construtora de aeronaves comerciais para a européia Airbus, algo que não ocorria desde os tempos do modelo 707.


A reação começou em 1996, quando a McDonnell Douglas foi adquirida pela BOEING por US$ 13 bilhões. Nos anos seguintes a guerra entre BOEING e a rival européia Airbus acirrou, obrigando a empresa americana a se superar para não perder a liderança de mercado. Nesta voraz guerra, a BOEING deu uma cartada inesperada: anunciou o Sonic Cruiser, um ambicioso projeto na área de aeronaves comerciais. O Cruiser deveria voar longas distâncias à velocidades limítrofes à barreira do som, encurtando assim um vôo trans-pacífico em consideráveis 3 horas. Além disso, iria consumir mais combustível que os aviões de hoje (fala-se em 30% a mais), mas, em compensação, sua produtividade seria maior, gastando menos tempo para realizar uma viagem. O projeto se mostrou um fracasso e a BOEING concentrou suas forças na produção de suas mais novas e modernas aeronaves como o 777, o 787 e o novíssimo 747-8 Intercontinental.


A linha do tempo 
1958
 Primeiro vôo comercial com o BOEING 707 (aeronave transcontinental com 4 turbinas) efetuado pela já extinta Pan American (Pan Am), no dia 26 de outubro, entre as cidades de Nova York e Paris. A versão era da série 707-120. Rapidamente diversas outras companhias aéreas adquiriram essa aeronave de enorme sucesso em todo o mundo, encurtando distâncias em longos vôos transatlânticos. O modelo era a maravilha da época. Podia transportar 181 passageiros em uma viagem sem escalas de Nova York a Paris. Em maio de 1991, foi suspensa a produção dessa aeronave, somando 1.010 unidades produzidas para uso comercial.
1964  Lançamento do BOEING 727, introduzido em serviço comercial no mês de fevereiro através da United Airlines. A aeronave utilizava três tripulantes na cabine de comando (comandante, co-piloto e o engenheiro de vôo). Foi a primeira aeronave tri-jato a ser disponibilizada no mercado. Em 5 de dezembro de 1977 a geração 727, bateu um recorde até então inédito. Foi transportado naquela data o passageiro de número 1 bilhão. Em setembro de 1995, esse número atingia 4.2 bilhões de passageiros transportados nesse tipo de aeronave, recorde absoluto em todo mundo. A sua produção comercial foi encerrada em agosto de 1984. Foram vendidas 1.832 aeronaves do modelo, incluindo todas as suas versões.
1967  Em 9 de abril foi realizado o vôo inaugural do modelo BOEING 737-100 (oficialmente denominados pela fábrica como “Originals”), entrando em serviço com a Lufthansa em fevereiro de 1968, como a primeira companhia aérea fora dos Estados Unidos à lançar um novo modelo da BOEING. Era um avião bi-jato, turbinas nas asas, bem mais econômico e versátil para pequenas e médias distâncias e que ocupava pouca pista. O modelo é o mais popular jato comercial de passageiros de fuselagem estreita (narrow-body) para médio-alcance no mundo. Com 6.160 pedidos e 5.009 unidades entregues, esta é a aeronave com a maior carteira de pedidos e de maior número de unidades de transporte de passageiros já produzida em todos os tempos. O modelo tem sido tão amplamente utilizado, há mais de 1.250 deles em vôo pelo mundo, que um 737 decola ou pousa a cada cinco segundos no mundo. No decorrer dos anos novas versões foram lançadas como o 737-200, versão original alongada introduzida em 1968; o 737-300, que entrou em serviço no dia 24 de fevereiro de 1984; o 737-400, versão desenvolvida para companhias áreas de vôos charters, que entrou em serviço no dia 19 de fevereiro de 1988; o 737-500, que entrou em serviço em 1990; o 737-600, que entrou em serviço em 1998 através da Scandinavian Airlines System; o 737-700, lançado pelas asas da Southwest Airlines em 1993, com capacidade para 124 passageiros, e que entrou em serviço em 1998; o 737-800, que entrou em serviço no ano de 1998; o 737-900, lançado pela Alaska Airlines em 1997, entrando em serviço no ano de 2000; e o 737-900ER, maior versão da aeronave com capacidade para até 215 passageiros, com “roll-out” (apresentação após a montagem final) ocorrida na fábrica, em Renton, Washington, em 8 de agosto de 2006 para o cliente estreante do modelo, a Lion Air. Ao todo foram produzidos e entregues mais de 6.600 aviões deste modelo, incluindo todas as versões.
1969
 Lançado oficialmente no dia 9 de fevereiro o modelo BOEING 747, em um vôo inaugural sob o comando do comandante Jack Waddell, do co-piloto Brien Wygle e do engenheiro de vôo Jess Wallick. Foi projetado na década de 60 para satisfazer a demanda de companhias aéreas norte-americanas, européias e japonesas por um tipo de equipamento mais adequado para viajar a grandes distâncias, ligando grandes centros urbanos sem necessidade de escalas para reabastecimento, sobrevoando inclusive o Oceano Atlântico, o Oceano Pacífico e outras regiões inóspitas e isoladas do planeta, como desertos e florestas. O modelo era widebody (como é designado todo avião comercial contendo três fileiras de assentos, com um par de fileiras de assentos próximas à janela e uma fileira no meio e dois corredores). O Jumbo ou “King of the skies” (o rei dos ares), como ficou conhecido o modelo, tornou-se a galinha dos ovos de ouro (“cash cow”) da empresa. Ao longo dos anos o modelo foi utilizado para o transporte de passageiros e cargas, com versões configuradas para 350 passageiros (baixa-densidade), 400 passageiros (média-densidade) ou 450 passageiros (alta-densidade). O desenvolvimento do modelo 747 quase causou a falência da BOEING pelos elevados custos de desenvolvimento, mas o esforço valeu a pena, pois ele se tornou um verdadeiro best seller, e certamente um dos maiores sucessos da empresa em todos os tempos. Em setembro de 1993, quando a BOEING fabricou seu milésimo aparelho, os 747 tinham transportado mais de 1.4 bilhões de passageiros, o equivalente a um quarto da população terrestre, e percorrido 28 trilhões de quilômetros. Desde 1969 já vendeu mais de 1.350 unidades, nas versões SP (um 747 mais curto), 100 (com 3 janelas na parte superior), 200 (com mais janelas na parte superior), 300 (com a parte superior alongada) e 400 (com wing-lets nas pontas das asas). O 747-400, a única versão do modelo ainda em fabricação, mas com vendas já suspensas, foi a que recebeu a maior quantidade de inovações técnicas e a introdução de novos materiais que permitiram uma significativa redução de peso e, como conseqüência, redução no consumo de combustível, além da adoção de motores mais silenciosos e de manutenção mais barata, entrou em serviço em 1989, tendo a Northeast Airlines como seu primeiro cliente. Uma das versões mais recentes do modelo, apresentada em 2005, é o moderno cargueiro 747-8F, que tem autonomia de vôo e peso de decolagem maior, e começou a voar somente em 2011. As companhias aéreas que tem mais BOEING 474 em suas frotas atualmente são a JAL (Japan Airlines), British Airways e Korean Air.


1982
 Lançamento oficial em 19 de agosto do primeiro BOEING 767, entregue a United Airlines, entrando em serviço somente no dia 8 de setembro, quando realizou a rota entre as cidades de Chicago e Denver. O modelo, um widebody com configuração de assentos 2x3x2 na classe econômica, foi projetado para longo alcance e baixo custo operacional, sendo o principal responsável pela grande popularização dos vôos transatlânticos na década de 80. Chegou a ser a aeronave que mais cruzava o Oceano Atlântico diariamente. Em março de 1984 surgiu o modelo 767-200ER, uma versão que tinha um alcance superior, mesmo quando muito pesado, e um tanque central adicional para permitir vôos ainda mais longos. A primeira companhia aérea que operou este modelo foi a Ethiopian Airlines. O modelo aos poucos será substituído pelo avançado 787.
1983  Estréia oficial em vôo do BOEING 757 no dia 1 de janeiro através da companhia aérea Eastern Airlines. O modelo foi fabricado em 3 versões: B757-200 (passageiros), B757-200F (cargueiro) e B757-300 (passageiros e alongado). Com produção já encerrada, foram fabricadas 1.050 unidades deste modelo.
1994  A necessidade de uma aeronave moderna, de grande alcance e menor consumo de combustível que os trijatos e quadrijatos, fizeram nascer o BOEING 777, que voou pela primeira vez em 12 de junho. United Airlines, All Nippon Airways, British Airways, Japan Airlines e Cathay Pacific, foram as companhias aéreas que participaram junto com a BOEING do esboço e da análise do modelo, resultando em um cockpit com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem da aeronave. Atualmente é fabricado nas versões 777-200, tendo como primeiro cliente a United Airlines, que recebeu a aeronave em maio de 1995; 777-200ER, projetado como uma opção de maior alcance que o 777-200, tendo como primeiro cliente a British Airways, que recebeu a primeira aeronave em fevereiro de 1997; 777-200LR, versão estendida do modelo; 777-300, aeronave comercial com maior alcance do mundo (17.446 km), tendo como primeiro cliente a Pakistan International Airlines, que o recebeu em fevereiro de 2006; 777-300ER; e o 777F (versão cargueira), tendo a Air France como primeiro cliente, que recebeu a aeronave em 2008.
1995  O BOEING 717-200 foi, até maio de 2006, uma opção da BOEING para o mercado de jatos regionais. Com capacidade para 106 passageiros, ele substituiu as versões menores do antigo Douglas DC-9 (MD-95), que deixou de ser fabricado. Foi lançado oficialmente em outubro de 1995 e o primeiro protótipo voou em setembro de 1998. O primeiro deles, entrou em serviço pela empresa AirTran Airways em 23 de setembro de 1999. Com produção já encerrada, foram fabricadas apenas 156 unidades do modelo.
2007
 Apresentação oficial do BOEING 787 Dreamliner em 8 de julho, o mais ousado e avançado avião já produzido pela empresa. No dia de seu lançamento oficial, mais de 670 unidades já haviam sido encomendadas por 48 companhias aéreas internacionais, fazendo dele o maior sucesso comercial da indústria aeronáutica mundial em todos os tempos. Hoje em dia, as encomendas já passam de 851 aeronaves para 56 clientes diferentes. O BOEING 787 é capaz de transportar de 200 a 350 passageiros, dependendo do modelo e da configuração do interior da aeronave. O primeiro será entregue para a ANA (All Nippon Airways), que comprou 50 unidades do modelo. O novo e revolucionário modelo poupa aproximadamente 20% de combustível comparando com aeronaves do mesmo segmento. Este ganho, segundo a empresa, deve-se aos novos materiais usados: 50% de materiais compostos, 20% de alumínio, 15% de titânio, 10% de aço e 5 % de outros materiais, testados em caças americanos. Com esta filosofia de construção foi possível poupar 1.500 folhas de alumínio, 45 mil parafusos e porcas, milhares de rebites e 100 quilômetros de fio de cobre. Seu custo por milha é 10% inferior que aviões do mesmo porte e graças à sua estrutura de materiais compostos, ele pesa apenas 13.000 toneladas, contra 18.000 do AIRBUS A330, que é considerado um dos melhores birreatores do mundo. Além disso, é 60% mais silencioso que qualquer jato. Enquanto um BOEING 767 precisa a cada seis anos passar por uma revisão completa, com o BOEING 787 esse período é de 12 anos. Um BOEING 787 leva aproximadamente 3 dias para ser produzido. Com capacidade para 223 passageiros, o novo modelo custa entre US$ 148 à 200 milhões, dependendo da configuração. O avião fez seu primeiro vôo no dia 15 de dezembro de 2009, cuja duração foi de 3 horas (3 horas menos que o planejado devido ao mau tempo). A decolagem e aterrisagem foram ambas realizadas no Boeing Field em Seattle, onde fica localizado o centro de testes da fabricante.


2011
 Realização do primeiro vôo teste do modelo 747-8 INTERCONTINENTAL, que terá capacidade para 467 passageiros na configuração de três classes, 51 a mais que a versão atual do jato, e consumirá menos combustível, além de ser o avião mais longo produzido no mundo (76.4 metros). A primeira versão, feita para demonstração na fábrica da empresa, tem pintura vermelha e laranja, diferente do tradicional azul utilizado pela BOEING. Essa mudança é uma homenagem aos clientes asiáticos, que vêem nestas cores sinais de prosperidade e sorte. A cabine do novo 747-8 terá interiores idênticos aos do modelo 787, nomeadamente na sua arquitetura curvilínea, que proporciona aos passageiros a sensação de mais espaço e conforto.


A guerra Há muito tempo que Airbus e BOEING competem para ver quem vende mais em menos tempo. Uma acusa a outra de só conseguir sucesso graças às massivas subvenções estatais. É uma guerra declarada. Até o ano de 2000 a empresa americana levava ampla vantagem. Mas os tempos mudaram. A montadora européia assumiu a liderança e começou uma agressiva guerra pela liderança de mercado. Devido a uma grave crise a BOEING permitiu que, em 2003, a européia Airbus tomasse a dianteira na entrega de aviões pela primeira vez na história da indústria aeronáutica. O fabricante americano começou então um processo de transformação que agora começa a render frutos. O ano de 2007, em termos de número de aeronaves vendidas, foi o melhor dos últimos anos. Outro fator positivo foi o número de encomendas firmes, 1.413 aeronaves, superando a marca histórica obtida em 2006. O próximo ano ficou marcado também por outra conquista: foi o ano em que a BOEING reconquistou a liderança perdida para a Airbus em diversas categorias. A empresa não só vendeu um número expressivo de aeronaves (441) como viu a lista total de encomendas ultrapassar a da concorrente européia pela segunda vez desde o ano 2000. Em 2008, a BOEING entregou um total de 375 aparelhos. O modelo mais entregue foi o 737 Next Generation (290 entregas), seguindo-se o 777, com 61 entregas. Foram ainda entregues 14 aviões 747 e dez 767. Durante o ano de 2008, registrou também um número recorde de pedidos. No total foram 662 as encomendas, com o 737 NG como alvo das atenções (484 pedidos). O segundo mais encomendado foi o 787 Dreamliner com 92 encomendas - sobretudo de países do Oriente Médio. Mas, em 2009, a empresa americana voltou a ser ultrapassada pela rival, entregando 481 aeronaves (contra 498 da Airbus) e 142 aviões com pedidos certos. Em 2010, continuou na segunda colocação com 462 aeronaves entregues, das quais 376 foram da família BOEING 737.


E a briga atual entre aos dois gigantes dos ares envolve dois modelos modernos e avançados tecnologicamente: o BOEING 787 e o AIRBUS A350.


A linha de montagem 
A mais famosa linha de montagem da BOEING está localizada em Everett, 25 milhas ao norte da cidade de Seattle, estado de Washington. Foi especialmente construída há 40 anos para abrigar a linha de produção do gigante 747, então o maior avião de passageiros do mundo.


Em 27 de agosto de 2007 a BOEING comemorou a entrega da aeronave de fuselagem larga de número 3.000 desta fábrica. O modelo foi um avião 777-200ER, entregue a Korean Air. De acordo com a empresa americana, atualmente cerca de 80% dos aviões produzidos nesta fábrica ainda estão em serviço, num total de 2.610 aeronaves. Uma das atrações do local é a visitação pública guiada ao Future of Flight Aviation Center & Boeing, onde o turista poderá acompanhar a gigantesca linha de montagem dos modelos 747, 767, 777 e 787, passo à passo, na maior construção do mundo e com os maiores vãos livres do planeta, com mais de 5.6 milhões de m³ e ocupando uma área de 98.3 acres. Alguns números impressionantes deste gigantesco complexo: as portas de entrada de cada seção do hangar são do tamanho de um campo de futebol; caberiam 911 quadras de basquete dentre do hangar; em cada turno trabalham 9.000 pessoas; e a conta anual de luz é superior a US$ 16 milhões. O complexo ainda inclui um enorme teatro, uma loja (conhecida como BOEING STORE) e quatro cafés.


A evolução visual O logotipo da BOEING mudou muito desde o início da empresa. A tradicional tipologia de letra utilizada pela marca foi adotada na década de 1940. O atual logotipo da empresa, que assumiu definitivamente a cor azul, foi apresentado em 1997.


Dados corporativos ● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 15 de junho de 1916
● Fundador: William Boeing e George Conrad Westervelt ● Sede mundial: Chicago, Illinois
● Proprietário da marca: The Boeing Company
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: W. James McNerney Jr. ● Presidente: James Bell
● Faturamento: US$ 64.3 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 3.3 bilhões (2010)
● Valor de mercado: US$ 44.9 bilhões (agosto/2011)
● Fábricas principais: 3
● Aeronaves entregues: 462 (2010)
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 164.495 ● Segmento: Aeroespacial e defesa
● Principais produtos: Aviões comerciais e cargueiros ● Principais concorrentes: Airbus, Bombardier e Embraer
● Ícones: O avião conhecido como JUMBO ● Slogan: Forever New Frontiers. ● Website: www.boeing.com

A marca no mundo
A BOEING, referência mundial em aviação comercial, é uma das principais montadoras de aviões e material aeronáutico do mundo. Sua sede está localizada em Chicago, enquanto que as principais fábricas da empresa encontram-se na região metropolitana de Seattle, estado de Washington, em Everett; em Renton, St. Louis, onde a empresa produz caças e mísseis com fins militares; e Seal Beach, Califórnia, onde são desenvolvidos e produzidos satélites, foguetes e módulos de estações espaciais. Atualmente a empresa detém aproximadamente 50% do mercado de aviação comercial, empregando mais de 164 mil pessoas em 70 países. Em 2010 a BOEING entregou 462 aeronaves, alcançando faturamento superior a US$ 64 bilhões.

Você sabia?
 Atualmente mais de 12.100 aeronaves BOEING estão em operação no mundo inteiro.
 Hoje o grupo BOEING engloba a extinta McDonnell Douglas, que foi fundada numa associação de Donald Wills Douglas (da Douglas Aircraft Company) e de James Smith McDonnell (McDonnel Aircraft - St. Louis, em 1939) e a North American Rockwell (fundada em 1934 por Dutch Kindelberger como North American Aviation). 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

FONTE: mundodasmarcas

Nenhum comentário:

Postar um comentário