Se você é homem e em um passado não tão distante já se deparou com propagandas de absorventes enquanto navegava na rede, ou é mulher e cansou de ver o Brad Pit te recomendando creme para barbear, deve ter percebido que algo mudou de uns tempos para cá. Mas o que nos levou a viver nesse mundo sublime onde só vemos o que nos interessa? A resposta pode não ser das mais poéticas, mas é eficiente.
A responsável por essa mudança é a chamada mídia programática. A configuração desse tipo de campanha costuma ser baseada em aquisição de perfis por meio de cookies. O algoritmo da ferramenta utilizada monta uma espécie de ranking que define quais usuários são mais interessantes levando em conta o objetivo da campanha.
Usuários que não possuem ranking elevado, são menos impactados do que aqueles que possuem maior propensão em gerar uma compra, que são aqueles que possuem um ranking maior. Tudo isso funciona através de uma espécie de leilão em real time. O lance maior é dado em cima daqueles que possuem maior probabilidade de conversão.
A nova modalidade de compra de mídia representa para as marcas um investimento mais seguro e preciso, além da oportunidade de entender melhor seu publico, evitando banners fora de contexto. Assim, os anúncios passam a apresentar maior relevância para o consumidor. Para o usuário é o início do fim de anúncios que não passam de poluição visual. Embora o uso da mídia programática ainda seja algo relativamente novo por aqui, o Brasil já esteve bem mais longe dessa realidade.
A grande maioria das marcas que possuem e-commerce já operam a publicidade online através desse tipo de ferramenta. O impacto dessa modalidade de compra de mídia tende a ser ainda maior, tendo em vista que ela também passará a operar em TVs. Assim, as possibilidades de integração com TV e internet ampliam-se ainda mais, muito além do conceito de segunda tela. Já imaginou assistir somente a propaganda que te interessa na TV?
Vale salientar a atenção ao cumprimento das leis que regulamentam a captação dos dados de navegação dos usuários. O conceito de privacidade na web é um assunto bastante complexo mas tenho uma visão bem positiva a respeito, afinal é quase como uma troca de favores: os dados captados tendem a fazer com que os usuários sejam impactados por propaganda que será útil a eles. Se por um lado isso é interessante para as marcas, também é interessante para o usuário final. É imprescindível que as agências trabalhem para terem domínio dessa ferramenta para potencializar a interação entre empresas e consumidores em busca do melhor ROI.
FONTE: Adnews
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