Com um par de sapatos inteligentes que vibram quando aparece um objeto por perto, o estudante argentino Juan Manuel Bustamante pretende ajudar a guiar cegos e substituir a clássica bengala que muitos deles rejeitam
O sistema detecta pessoas, animais e qualquer tipo de objeto, como árvores, grades, automóveis e muros
O protótipo criado por ele, que concorrerá na próxima semana na Feira Nacional de Ciência da Argentina, detecta todo tipo de objeto dentro de um raio de 25 centímetros, explicou à Agência Efe o jovem inventor.
Aluno do Colégio Industrial número 4 da cidade de Rio Gallegos, Bustamante trabalhou seis meses neste dispositivo, que projetou depois de uma conversa com uma amiga que começou a perder a visão durante a adolescência.
‘Ela me disse que há uma grande rejeição dos jovens cegos à bengala, porque a consideram algo que os estigmatiza’, comentou.
Após confirmar a opinião de sua amiga em visitas a colégios especiais e conversas com alunos e professores, o jovem inventor pensou em sapatos como alternativa por considerar ‘um objeto discreto e de uso cotidiano’.
O dispositivo, que levou o nome de ‘Duspavoni’, é montado no calçado tradicional e possui três sensores ultrassônicos nas partes frontal, lateral e traseira. Os sensores enviam uma onda que, ao rebater contra um objeto, permite ao calçado determinar a distância à qual se encontra.
O sistema projetado por ele detecta pessoas, animais e qualquer tipo de objeto, como árvores, grades, automóveis e muros.
Embora sejam os primeiros sapatos com sensores pensados para cegos da Argentina, em outros países, como o Reino Unido e a Índia, invenções similares já foram patenteadas, embora, por enquanto, nenhuma delas conseguiu desbancar a bengala, um desafio a mais para Bustamante.
FONTE: estadaodanoticia
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