quarta-feira, novembro 26

A arte da Apple

Segundo Sun Tzu (2004) o poder de nos tornamos destemidos e bem sucedidos depende apenas de nós. E converter o concorrente, o nosso adversário, próximo ou indireto em nulidade, apenas depende dele. Anderson (2006. P. 145) conclui que apesar de usarmos a matemática como elemento universal de respostas, ela rege a nossa economia, e acaba por dizer, que a mesma não possui todas as respostas para essas perguntas.

Ser bem sucedido não depende de respostas prontas, e também, não temos respostas e ainda vez prontas. O que temos é teoria sobre o que de fato nós podemos enfrentar. É uma precaução do ser humano em querer visualizar o que vem a lhe desafiar, se pela ordem do medo ou da estratégia, esse comportamento é bem avaliado por todos os grupos que já cobriram a história humana.

Em 1974, de forma bruta, nascia a Apple pelas mãos do genioso Steve Jobs. A empresa tinha como visão inovar, recriar, fazer uma releitura dos nossos hábitos. Personalizar, prometer e de fato, incluir. Não é por acaso que o público da marca pensa desta forma, e por isso, abraça a ideia com toda a força que possuem.

Segundo Gallo (2012, p. 70) a transparência da empresa é clara, e isso torna os objetivos de Jobs mais diretos ainda. Tudo que eles querem é envolver o mundo na ‘experiência Apple’, e nada mais difícil do que convencer milhares de pessoas com gostos e necessidades diferentes, baseados em sua complexidade, aceitarem compartilhar do mesmo espaço com outras, mas terem que se privar para obterem isso.

Para a autora, a honestidade presente na marca, cria este sentimento, que passa a ser o mesmo do cliente. Ao olhar para Apple, não há dúvidas, eles são parte da empresa. Mas sempre será assim? Para Apple funciona, com certeza, essa é uma resposta eficaz e pronta, mas não para todas as empresas.

É certo que uma empresa que visa o produto, mas não porque ela optou errado pela grande tendência do século, mas porque sua natureza, seus processos, exigem esse foco como fruto de seu sucesso, precisa da não transparência. E neste caso, ás vezes, confundimos, que possa ter a ‘não honestidade’. Que não é o caso, é apenas, sigilo.

A Apple funciona, mas talvez, somente para ela. Ela teve um caminho diferente de muitas empresas que convivemos atualmente. Muitas nasceram sem querer, e outras por fusão, e outras mais, nasceram por falências. A Apple tomou um rumo inesperado em sua história, que a transparência trouxe problemas para o conselho, o afastamento da mente por trás da inovação.

Se a filosofia Apple for construída em outra empresa ao pé da letra, poderemos recair na falta de planejamento do show pirotécnico que a empresa faz, longas filas, filas de 10 dias, pessoas dormindo na porta da loja todas para comprar o melhor, mas talvez, comum Iphone. O público passou a identificar isso, mas não foi de uma outra para outra.

Segundo Sun Tzu (2004, p. 134) haveria cinco caminhos para combater o inimigo utilizando o fogo, incendiar os soldados, destruir as provisões, os equipamentos, as armas e criar armas próprias, como granadas incendiárias.

Mas tudo isso por parecer genial, é, porém pode ser a ruína de quem as utiliza. Para o tempo do general chinês, ter uma reserva de pólvora e armas, poderiam colocar em xeque muitas batalhas, e vencer todas elas sem problemas. O domínio pela arma de fogo, tornou obsoleto muitas táticas anteriores, mas era preciso cuidado e planos para que desse certo o uso de uma arma que poderia matar o seu próprio exército.

Se a pólvora era a joia do povo naquela época, atualmente, o que a Apple faz é o fogo do século 21. Mas seu modelo pode funcionar, se considerarmos que as pessoas envolvidas pela empresa, na verdade, são as que enxergam o que ela realmente realiza. E não as que apenas estão consumindo, ou estão entusiasmadas, mas a que entendem o que significa essa arte.

Assumir que ter pólvora no passado era uma vantagem imensa, também é válido assumir, que soldados que não fossem firmes, não possuíssem destreza, ou capacidade, ou oportuna intuição, seriam mais vitimados por suas próprias ferramentas, do que seu inimigo, desprovido de tais recursos e munidos de facas e tacapes. A estratégia era tudo, e continua sendo.

Para finalizar, Carnegie (2000, p. 10) descreve que não basta ter uma mente aberta, não ser resistente, é preciso no entanto que quando encontrar as mudanças, também as aceite e passa a analisa-las de forma crítica e lógica.



FONTE: Adnews

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