quarta-feira, agosto 7

Estudo da Laspau, organização afiliada à Universidade Harvard, aponta cinco características dos bons alunos

Eles driblam a bagunça dos colegas e 'aprendem a aprender', mostra levantamento de pesquisador da Laspau, organização afiliada à Universidade Harvard


Por que alunos que frequentam a mesma escola e têm aulas com os mesmos professores obtêm desempenho escolar diferente? Para tentar esclarecer essa questão, o antropólogo James Ito-Adler, presidente do Instituto Cambridge para Estudos Brasileiros e pesquisador da Laspau, organização afiliada à Universidade Harvard, nos Estados Unidos, entrevistou 24 estudantes do 9º ano do ensino fundamental em três estados brasileiros.
Embora não tenha valor estatístico, a pesquisa, realizada entre março e junho deste ano, foi a fundo na conversa com os estudantes, em entrevistas que duraram horas. O produto do levantamento ajuda a compreender a diferença de performance. Por exemplo: estudantes que possuem boas notas, em geral, sabem lidar melhor com a bagunça dos colegas em sala de aula, "aprenderam a aprender", dominam a internet, planejam o futuro e recebem motivação dos pais.
A pesquisa foi encomendada pelo Instituto Positivo, organização sem fins lucrativos voltada à promoção da educação, e teve caráter qualitativo. Isso significa que seu resultado não é válido para toda a população brasileira. Mas suas observações trazem insights que podem ajudar pais e educadores.
Para o estudo, os estudantes foram divididos em três grupos, conforme o desempenho obtido em avaliações: baixo, médio e alto. Confira a seguir diferenças apontadas entre alunos de alto e baixo desempenhos:

Cinco características dos bons alunos

Fonte: James Ito-Adler, do Instituto Cambridge para Estudos Brasileiros e da Laspau, organização afiliada à Universidade Harvard

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Driblam a bagunça na sala de aula

Todos os alunos ouvidos na pesquisa, sem exceção, apontaram a bagunça em sala de aula como um empecilho ao aprendizado. Se o problema atinge todos, por que alguns apresentam bom rendimento e outros não? A resposta, segundo James Ito-Adler, está na forma como os estudantes lidam com essa bagunça. Alguns criam estratégias para driblá-la: esses obtêm bom desempenho.

"As meninas, principalmente, disseram que trocam de lugar e sentam na frente quando o barulho do ‘fundão’ começa a incomodar. Outros alunos procuram o professor após a aula para tirar dúvidas ou complementar a explicação que foi prejudicada por conversas. Há ainda os que buscam auxílio dos colegas ou pesquisam por conta própria para entender o conteúdo da aula. Isso não se verifica entre os demais alunos. Ou eles se integram à bagunça ou ficam reféns dela, não entendem o conteúdo e vão mal nas avaliações."
James Ito-Adler, pesquisador do Instituto Cambridge para Estudos Brasileiros e da Laspau, organização afiliada à Universidade Harvard

FONTE: VEJA

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