Estudo aponta que nas escolas do futuro as habilidades emocionais dos estudantes terão maior importância do que os conteúdos abordados em sala
Uma pesquisa publicada nesta semana pelo World Innovation Summit for Education (WISE) aponta para a ocorrência de profundas mudanças no cenário educacional previsto para os próximos anos. A pesquisa desenvolvida, denominada School in 2030, foi realizada internacionalmente e envolveu mais de 600 especialistas, divididos entre as áreas de educação, organizações sem fins lucrativos, setor público e setor privado.
De acordo com a pesquisa, as habilidades emocionais dos alunos, caracterizadas pela capacidade de comunicação e de interação mútua, serão muito mais valorizadas na sua formação do que o conteúdo curricular em um futuro próximo. Além disso, muitos deles afirmam que o aprendizado tende a se tornar cada vez mais um processo colaborativo: a perspectiva é que, no ano de 2030, os currículos já sejam personalizados.
No Brasil, a discussão a respeito da preparação socioemocional está ganhando cada vez mais espaço no ambiente educacional. O Instituto Ayrton Senna publicou, em março deste ano, uma pesquisa realizada com 25 mil alunos mostrando a forte relação entre as características emocionais e a capacidade cognitiva dos estudantes. Como exemplo, podemos destacar o fato de que, no geral, alunos persistentes tendem a ter mais facilidade na área de exatas.
Em meio á crescente preocupação em valorizar as competências emocionais e sociais, a Capes Brasil, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, lançou o Programa de Apoio à Formação de Profissionais no Campo das Competências Socioemocionais. O programa, inaugurado em julho deste ano, apoiará a realização de 10 projetos que auxiliem na criação de estratégias para o desenvolvimento de competências socioemocionais, aliadas à formação de profissionais, bem como á melhoria da educação na rede pública.
Instituições de ensino como a High Tech High, localizada na Califórnia, nos Estados Unidos, já adotam o modelo de ensino personalizado, voltado para as necessidades pessoais de cada aluno. Nesse tipo de sistema, o professor passa a auxiliar os alunos a descobrirem seus próprios interesses e talentos, direcionando-os a uma aprendizagem autônoma.
Essa postura docente inovadora apareceu dentre as seis principais tendências para a educação básica, apontadas neste ano pelo relatório do NMC (New Media Consortium) . A justificativa para o conteúdo abordado no relatório destaca que, com o surgimento da internet, e com os constantes acessos á rede virtual, os professores deixaram de ser vistos como fonte primária de conhecimento, ao mesmo tempo em que se tornam ainda mais necessários no processo de orientação e motivação dos estudantes.
FONTE: Universia
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