Eleita para mais quatro anos, presidente fala em reforçar diálogo com indústria e ancorar competitividade produtivo. Investimentos no CsF e no Plataformas do Conhecimento devem ser ampliados
O resultado das urnas referendou Dilma Rousseff como presidente do Brasil. A candidata à reeleição pelo PT venceu a disputa contra Aécio Neves (PSDB) por uma margem de pouco menos de 4% de votos. Com mais quatro anos de governo pela frente, a petista agora tem como principais desafios a recuperação da atividade econômica e a ampliação de programas sociais, como documentou no programa de governo (para ver a íntegra do texto, clique aqui).
O discurso por mudança ecoado pelas ruas foi reproduzido no documento. De acordo com o texto, será preciso “superar problemas estruturais” para melhorar as condições do País, ancorado em solidez econômica, amplitude das políticas sociais e o acréscimo do pilar da competitividade produtiva. Para se chegar a esse patamar, a presidente defende maiores investimentos em educação e ciência, tecnologia e inovação (CT&I), sem, no entanto, especificar quais ações seriam adotadas para se chegar a esse novo estágio.
“A competitividade produtiva será atingida por meio dos investimentos em produção e consumo de massa, investimentos em infraestrutura social e econômica, na construção de um Brasil sem burocracia e nas áreas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação [CT&I], construindo uma sociedade do conhecimento”, diz trecho do documento.
As principais apostas de Dilma Rousseff na área de CT&I são programas já implementados, mas que devem ser ampliados no próximo ciclo presidencial: o Ciência sem Fronteiras (CsF) e o Plataformas do Conhecimento. A promessa é que eles devem receber um volume de investimentos ainda maior até 2018.
Um tema, porém, a questão da recuperação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) ainda preocupa a classe científica. Os recursos para a reserva foram reduzidos por conta da migração do dinheiro destinado ao CT-Petro para o Fundo Social do Pré-Sal, que será reinvestido em saúde e educação. Além disso, parte do CsF é bancado com recursos oriundos do FNDCT e há, inclusive, a possibilidade do fundo se esgotar apenas com o aporte para o Ciência sem Fronteiras.
Economia
Um dos temas mais recorrentes durante a campanha eleitoral, a economia é preocupação da presidente para os próximos quatro anos. Com crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB), queda da atividade industrial e ameaça de inflamação acima do teto estabelecido, Dilma sinalizou mudanças para alavancar a indústria e a economia brasileira. A mineira prometeu estímulos ao setor produtivo e medidas urgentes para retomar o crescimento, baseadas no diálogo com representantes da categoria.
“Mais do que nunca, é hora de cada um e de todos nós acreditarmos no Brasil, ampliarmos nosso sentimento de fé nessa nação incrível a que nós temos privilégio de pertencer e a responsabilidade de fazê-la cada vez mais próspera e mais justa”, declarou Dilma em um hotel de Brasília (DF), em seu discurso após a vitória nas urnas.
FONTE: Agência Gestão CT&I
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