quarta-feira, setembro 17

Governo prepara nova chamada para bolsas de pesquisa do TI MAIOR

O secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), Virgílio Almeida, disse nesta quarta-feira que pretende lançar nova chamada para bolsas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2015. O projeto está no âmbito do programa TI Maior, lançado pelo governo em 2012, e consiste em estimular pesquisadores a passar uma temporada em centros de pesquisas de empresas privadas. 
 
O primeiro edital do programa recebeu 37 propostas, sendo 14 avaliadas pela banca, e cinco recomendadas. O total de apoio aprovado foi de R$ 6,2 milhões. A contrapartida às empresas foi de R$ 21,8 milhões. As bolsas serão cumpridas de 2014 a 2017.

Almeida acrescentou ainda, que outra meta do TI Maior era atrair pelo menos quatro centros globais de P&D em um período de quatro anos. Até agora, o programa superou a meta. O governo assinou memorando de entendimentos com seis centros globais: Microsoft, Intel, Huawei, Baidu, EMC e SAP. Esses centros vão investir R$ 1 bilhão no país.

Segundo o secretário, o Brasil é o sétimo maior mercado de Tecnologia da Inovação (TI) no mundo, o que é atraente para as empresas. O marco civil, que Almeida afirmou ser avançado, também é usado como argumento do governo para atrair empresas.

A prioridade para garantir a atração, segundo ele, é a valorização de talentos no país. E afirmou que o governo faz isto através de programas de pós graduação, bolsa de iniciação científica e Ciência sem Fronteiras, para tentar a trair capital humano.

Para o diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Sociais e Humanas do CNPq, Guilherme Sales Melo, o país "está fazendo muito, mas está fazendo pouco. Ainda estamos longe dos outros países". Segundo ele, o setor de inovação e fomento deveria ter mais recursos, e o país deveria ter mais centros globais de P&D.

Segundo dados apresentados pelo secretário do MCTI, o investimento do país em P&D, em 2011, chegou a quase R$ 50 bilhões, sendo 52,8% de recursos públicos. O valor representa 1,21% do Produto Interno Bruto (PIB). Para Melo, do CNPq, o mínimo investido deveria atingir 2% do PIB, "para começarmos a brincar nesta seara".

Melo afirmou que a maioria das chamadas para bolsas que o CNPq faz, a demanda é maior do que o volume disponível para aporte. Os executivos participam de seminário sobre Centros Globais de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, no Rio. 




FONTE: MCTI

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