O secretário de Política de Informática do Ministério de
Ciência e Tecnologia (MCTI), Virgílio Almeida, disse nesta quarta-feira
que pretende lançar nova chamada para bolsas de Pesquisa e
Desenvolvimento (P&D) em 2015. O projeto está no âmbito do programa
TI Maior, lançado pelo governo em 2012, e consiste em estimular
pesquisadores a passar uma temporada em centros de pesquisas de empresas
privadas.
O primeiro edital do programa recebeu 37 propostas, sendo 14
avaliadas pela banca, e cinco recomendadas. O total de apoio aprovado
foi de R$ 6,2 milhões. A contrapartida às empresas foi de R$ 21,8
milhões. As bolsas serão cumpridas de 2014 a 2017.
Almeida acrescentou ainda, que outra meta do TI Maior era atrair pelo
menos quatro centros globais de P&D em um período de quatro anos.
Até agora, o programa superou a meta. O governo assinou memorando de
entendimentos com seis centros globais: Microsoft, Intel, Huawei, Baidu,
EMC e SAP. Esses centros vão investir R$ 1 bilhão no país.
Segundo o secretário, o Brasil é o sétimo maior mercado de Tecnologia
da Inovação (TI) no mundo, o que é atraente para as empresas. O marco
civil, que Almeida afirmou ser avançado, também é usado como argumento
do governo para atrair empresas.
A prioridade para garantir a atração, segundo ele, é a valorização de
talentos no país. E afirmou que o governo faz isto através de programas
de pós graduação, bolsa de iniciação científica e Ciência sem
Fronteiras, para tentar a trair capital humano.
Para o diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Sociais e Humanas do
CNPq, Guilherme Sales Melo, o país "está fazendo muito, mas está fazendo
pouco. Ainda estamos longe dos outros países". Segundo ele, o setor de
inovação e fomento deveria ter mais recursos, e o país deveria ter mais
centros globais de P&D.
Segundo dados apresentados pelo secretário do MCTI, o investimento do
país em P&D, em 2011, chegou a quase R$ 50 bilhões, sendo 52,8% de
recursos públicos. O valor representa 1,21% do Produto Interno Bruto
(PIB). Para Melo, do CNPq, o mínimo investido deveria atingir 2% do PIB,
"para começarmos a brincar nesta seara".
Melo afirmou que a maioria das chamadas para bolsas que o CNPq
faz, a demanda é maior do que o volume disponível para aporte. Os
executivos participam de seminário sobre Centros Globais de Pesquisa,
Desenvolvimento e Inovação, no Rio.
FONTE: MCTI
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