Uma antiga e conhecida frase da área ainda parece fazer sentido: “eu sei que metade do meu orçamento para publicidade é desperdiçado, mas não tenho certeza de qual metade”
Uma das coisas mais difíceis ao se trabalhar com Marketing é ter que se decidir em qual das atividades de propaganda realmente vale a pena investir dinheiro. É difícil porque, na grande maioria das vezes, mesmo com o aperfeiçoamento das métricas, o retorno sobre o investimento ainda é muito complicado de ser calculado.
No final das contas, uma antiga e conhecida frase da área ainda parece fazer sentido: “eu sei que metade do meu orçamento para publicidade é desperdiçado, mas não tenho certeza de qual metade”.
Pessoalmente, sempre que alguém me pergunta se realmente vale a pena gastar dinheiro anunciando em outdoors e revistas, ou mesmo fornecer algum tipo de brinde ou desconto, eu proponho para ela rever se algum outro método não traria melhores resultados.
Porém, as pessoas infelizmente adquiriram o hábito de achar que o único método que trará retornos para sua empresa é se ela anunciar em algum veículo de grande circulação. Dessa forma, surgem os inúmeros brindes de qualidade duvidosa, bem como os panfletos e outdoors que ninguém presta atenção.
O principal problema em propor um método diferente, e consequentemente inovador, é que tal atitude envolve uma elevada dose de risco, é quase impossível não nos contaminarmos pelo pensando de que se ninguém nunca fez antes, a probabilidade dos resultados não saírem como previsto são altas demais, e convenhamos, somos todos avessos ao risco.
Mas se o desconto frequente e a propaganda intrusiva não são os melhores caminhos, então o que sobra?
Está começando a surgir na internet uma onda de corajosos empreendedores que estão ganhando admiração por irem na contramão do já batido marketing tradicional.
Observem esse caso que foi retirado do site BizRevolution do qual exemplifica exatamente esse pensamento:
Em Indaiatuba, interior de São Paulo, existe um bar chamado BAR DO PEZÃO. No Bar do Pezão, o cliente come e bebe de GRAÇA enquanto espera na fila para sentar. O Pezão gasta por volta de 30 mil reais por mês nessa iniciativa. Por conta desse “mimo”, milhares de pessoas voltam todos os finais de semana, e indicam o bar para os amigos e familiares. A lotação é tanta que ele abriu um novo bar na mesma rua chamado “Ruinzim”.
Agora esse segundo, retirado do site Hypeness:
Não adianta reclamar: até você já tirou foto de um prato e postou no Instagram. Segundo pesquisas, 52% dos britânicos costumam tirar fotos da refeição antes de atacá-la e foi por isso que a Birds Eye, empresa que vende alimentos congelados, decidiu criar o The Picture House, um curioso restaurante em que você paga pelo seu almoço ou jantar com uma foto. Sim, uma foto no Instagram e nem um centavo a mais.
Ao chegar no restaurante, é servida uma entrada e um prato principal. Antes de comer, basta tirar uma foto, postá-la no Instagram e compartilhá-la em suas outras redes sociais usando a hashtag #BirdsEyeInspirations. A ideia é usar o “almoço grátis” para divulgar a nova linha de produtos da Birds Eye e promover a marca da melhor forma possível: no boca a boca.
Em ambos os casos, com os mesmos recursos investidos nessa promoção alternativa, tais empresas poderiam perfeitamente comprar um gigantesco outdoor na principal avenida de suas cidades, ou mesmo ostentar uma página de rodapé na revista Veja.
Entretanto, essas pessoas preferiram investir em uma atividade de relacionamento e experiência do cliente durante o processo de compras para fidelizar seus clientes, e transformar todo mundo nos seus melhores vendedores.
É isso o que chamo de inverter o pensamento do marketing. É preciso, portanto, que os profissionais de marketing repensem suas atividades promocionais.
Ninguém aguenta mais ver um outdoor com a imagem de uma modelo sorridente fingindo que recomenda o seu produto.
Ninguém aguenta mais receber um panfleto no sinal para 15 segundos depois joga-lo na rua.
Isso não gera comentários, isso não gera excitação…
É preciso muito mais do que isso para chamar a atenção dos atuais consumidores, mas a grande questão é, quem é que está pronto para assumir os riscos?
FONTE: administradores
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