Fundação é uma das principais razões para o sucesso do Estado de São Paulo em pesquisa de excelência, destaca revista
São Paulo, estado brasileiro do tamanho do Reino Unido e o mais rico do Brasil, publica mais da metade dos artigos científicos do país e produz boa parte da pesquisa de ponta. Um dos principais motivos para esse sucesso é a FAPESP, que em 2013 investiu US$ 512 milhões em financiamento à ciência, “mais do que muitas nações na região”.
Com esses dados começa um texto sobre produção científica no Brasil em edição da revista Nature sobre ciência na América do Sul, datada de 12 de junho.
“A FAPESP direciona 37% de seus fundos à pesquisa básica em campos que vão de mudança climática a física de partículas. Cerca de 10% vão para infraestrutura e o restante é direcionado à pesquisa aplicada. Quase um terço do total de seu orçamento é destinado à pesquisa médica”, lê-se na matéria, assinada por Giuliana Miranda.
A reportagem cita o radiotelescópio Long Latin American Milimeter Array como o mais recente grande projeto aprovado pela FAPESP – um projeto conjunto entre Brasil e Argentina que receberá US$ 12,6 milhões da Fundação e a mesma quantia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“A FAPESP é um modelo muito interessante para nós, porque São Paulo é um dos poucos estados no mundo onde o apoio à pesquisa é ligado diretamente ao PIB [produto interno bruto]”, diz Martyn Poliakoff, vice-presidente da Royal Society, na Nature.
Na edição, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, destaca que diferenciais no trabalho da FAPESP são o grande investimento em pesquisa básica e o esforço para melhorar os processos e produzir trabalhos de alta qualidade.
A edição especial ainda traz textos sobre o tipo de ajuda internacional que pesquisadores sul-americanos consideram benéficos para a ciência da região, exemplos de esforços para repatriar cientistas, mapas e gráficos com indicadores de produção científica na América do Sul e declarações de cientistas da região, como Carlos Nobre (MCTI), José Eduardo Krieger (Universidade de São Paulo) e Sidarta Ribeiro (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), sobre o que é preciso fazer politicamente para se fortalecer a ciência.
FONTE: FAPESP
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