A Fundação Raspberry Pi procura parceiros para fabricar seu computador homônimo em terras brasileiras. Lançado em 2012, o menor computador do mundo -é do tamanho de um cartão de crédito- já vendeu mais de 1,5 milhão de unidades.
"O próximo lugar em que gostaríamos de produzir o Pi é o Brasil", afirma Pete Lomas, co-fundador da empresa, que recebeu a Folha em Londres. Já há fábricas no País de Gales e na China
Segundo o co-fundador, a negociação deve demorar ainda, pelo menos, seis meses. Ele não quis revelar com quais empresas negocia, mas disse que as conversas estão adiantadas. No Reino Unido, a fabricante é a Sony.
Quando esteve no Brasil, em fevereiro, para a Campus Party 2013, Lomas diz que o tamanho mercado potencial que o computador tem no país despertou sua atenção.
A empresa estuda formas de baratear os custos de produção aqui. No Reino Unido, o Pi custa apenas US$ 35 (cerca de R$ 80). Porém, no Brasil, o produto importado é vendido pelo dobro do preço devido aos impostos. Segundo Lomas, isso contraria o objetivo da fundação, que é difundir o ensino da programação a baixo custo.
O Pi nasceu da percepção de que os jovens de hoje não tinham mais noção de programação porque os novos dispositivos utilizam uma interface ultrassimplificada. O dispositivo criado por Lomas requer conhecimentos na área para executar todos os seus comandos.
Por esse motivo, a Raspberry Pi foi registrada como fundação de caridade no Reino Unido. Experiências similares já acontecem nos EUA, Alemanha e Noruega.
Mas o próprio Lomas admite que o interesse vai muito além das questões filantrópicas. "Se o Pi fosse apenas um produto para melhorar a educação brasileira, nós já teríamos conseguido baixar as tarifas. Mas nós vemos demanda comercial para o Pi na América Latina", afirma.
A Fundação Raspberry Pi e a Google fizeram uma parceria para financiar 15 mil Pi's para escolas no Reino Unido. Desses, 3.000 unidades vão para Code Clubs, grupos voluntários para o ensino de programação para crianças. Conforme a Folha publicou, o Brasil já se prepara para receber o projeto britânico.
FONTE: folha.uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário