segunda-feira, julho 1

INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA REQUER EMPREENDEDORES SOCIAIS



A indústria automobilística ainda não encontrou uma forma de contribuir para a diminuição dos congestionamentos nas grandes cidades. Esse é o papel que falta a ela perante a sociedade. Ela deveria usar a sua força e importância para discutir novas ideias no congresso, tentar mudar essa realidade que pode comprometê-la no futuro. Essa ideia foi defendida pelo professor de pós-graduação da ESPM, Gil Giardelli, durante o I Fórum de Marketing Automotivo, realizado por Automotive Business na quinta-feira, 27, em São Paulo.

O professor mostrou através de vários exemplos reais que o jovem quer estar conectado com o maior número de pessoas e em qualquer lugar do mundo. As montadoras estão tão cientes disso que disponibilizam cada vez mais novos sistemas de conectividade nos seus automóveis, como forma de atrair novos públicos e garantir atratividade aos seus produtos. “Mas a indústria automotiva precisa ir além”, apontou Giardelli. 
“Diante da revolução das mídias sociais, o jovem de hoje, e não será diferente com o de amanhã, não está mais parado diante dos problemas. Querem usar a tecnologia, mas não vão continuar abrindo mão de aproveitar a vida real, perdendo horas e horas no trânsito. Idealizam uma cidade inteligente, com compartilhamento de carros e transporte eficiente, construída por empreendedores sociais. As nossas empresas são do século 20, mas as pessoas já vivem no século 21”, resumiu. 
Mas como se tornar um empreendedor social? Na visão do professor, esse tipo de profissional não está preocupado apenas em bater metas, como o entregador da Fedex que foi parar no Youtube ao jogar a mercadoria por cima do portão para agilizar seu trabalho, mas principalmente em criar soluções inteligentes que contribuam para o bem estar dele e de toda a sociedade. 
Giardelli diz que já existem empresas trabalhando em prol da coletividade. Ele citou como exemplos a Nissan, que fez campanha para diminuir o consumo de petróleo, a Volvo, que através das redes sociais questionou as pessoas como deveria ser o carro do futuro, a Volkswagen, que criou um aplicativo para facilitar o encontro de pessoas, a Petrobras, que tem desenvolvido uma rede de abastecimento para veículos elétricos, e a Ferrari, que montou um museu ao lado de sua fábrica. 
“Essas empresas pensam além dos negócios e usam as redes sociais como aliadas. Sabem que a moeda do século 21 é a reputação construída por meio do altruísmo e que o triunfo está na transparência”, frisou Giardelli. 
E não há desculpa de que os executivos mais velhos não conseguem acompanhar a revolução das mídias ou não têm tempo. “Ideias inteligentes e inovadoras não são restritas aos jovens. Não tem nada a ver com idade, mas com a vontade de se adaptar às mudanças. Basta querer. O futuro dependerá dos cérebros e não mais das máquinas. Todos poderão ter carros, mas será que todos conseguirão usá-los?”, questionou.

FONTE: AUTOMOTIVEBUSINESS-ESPM 

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