domingo, julho 21

DEMARKETING: UMA IDEIA ESTRANHA?

Pode-se dizer grosseiramente que marketing utiliza-se de alguns princípios para aumentar a demanda por alguns produto ou serviços, o demarketing se utiliza desses mesmos princípios, mas com a finalidade oposta, serve para diminuir a demanda. Para poder se falar em demarketing antes é necessário a visualização de alguns estágios ou fases da demanda pelo produto, temos alguns estágios de demanda mais simples de se entender como a negativa, inexistente, latente, em declínio... Vamos tratar nesse artigo da demanda excessiva, o demarketing é um dos meios utilizados para tentar regularizar essa situação quando a procura supera as limitações do produto ou serviço. 

A demanda quando é excessiva necessita do mecanismo de demarketing para equilibrar a oferta com a procura. Quando se extrapola as limitações do produto ou do próprio mercado é necessário que se tomem algumas medidas como aumentar o preço, diminuir a oferta de serviços e benefícios, tentando focalizar nas parcelas do mercado mais lucrativas, a fim de se evitar que esse excesso possa ser prejudicial à empresa. 

A grande dificuldade é quando a empresa não cresce junto a demanda devido a escassez, podendo ser ela uma limitação de qualquer natureza, como de fornecimento de matéria-prima, falta de mão-de-obra especializada, limitações do espaço físico, há um caso desses atualmente no Brasil, que é o caos do transporte aéreo, o governo está desestimulando as pessoas a viajarem de avião, nota-se isso evidentemente pelo markup (aumento arbitrário) exagerado das passagens aéreas. Mas há também casos de superpopularidade de produtos, como por exemplo, uma loja de consertos eletrônicos já atingiu sua capacidade máxima, pois tem um serviço de ótima qualidade, a fim de conter os segmentos mais rentáveis os funcionários são instruídos a desencorajar os clientes pouco rentáveis, ou a empresa presta um mau serviço a esse segmento pouco rentável, podendo ainda dificultar o acesso a informações sobre seu produto. Um último estado necessário para o demarketing quando uma empresa precisa eliminar um produto ou serviço que alguns fiéis consumidores ainda exigem ou desejam. 

O demarketing curiosamente por sua vez pode, curiosamente, servir para aumentar a demanda, nesse caso conhecido como demarketing ostensivo. Ao criar a aparência de não desejar mais consumidores, espera tornar o produto mais desejado pelo público. O profissional de marketing trabalha com o princípio de que as pessoas desejam o que pode ser mais difícil de conseguir, e pode até, de maneira masoquista, gosta de ser negligenciado pelo vendedor (KOTLER, 1971). 

Há uma corrente que diz que só existe marketing, pois existe demarketing, sempre que se faz uma campanha para estimular um segmento você não esta estimulando ou até mesmo desestimulando outros segmentos. Um exemplo real é do anúncio do Nissan Sentra, em que a empresa utilizou uma música cujo refrão é “Não tem cara de tiozão, mas acelerou meu coração”, é um produto cujo target custumers (público-alvo) são homens, na faixa etário dos 30 anos, com alto poder aquisitivo. Automaticamente há um demarketing para outros segmentos, como jovens universitários que mal tem dinheiro para comprar pão.


FONTE: administradores




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