quarta-feira, janeiro 7

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS: Suporte sofisticado

Escritórios criados para livrar pesquisadores da burocracia oferecem novos serviços (ilustração: Maurício Pierro)



Começa a render frutos uma iniciativa da FAPESP que busca reduzir o tempo 

gasto pelos pesquisadores na administração burocrática de seus projetos, 

permitindo que se concentrem em sua atividade principal, que é 

produção do conhecimento.

No final de 2010, a Fundação criou um programa que oferece treinamento para equipes de funcionários de universidades e instituições de pesquisa dedicados a reduzir a carga de trabalho imposta aos cientistas na gestão e administração de seus projetos.
O treinamento tem duração de quatro dias, em turmas de no máximo seis participantes. Desde o advento do programa, mais de 110 equipes já receberam capacitação na sede da Fundação – e pelo menos 24 delas organizaram Escritórios de Apoio Institucional ao Pesquisador, que estão em plena operação.
A novidade é que esses escritórios, além de ajudarem na compra de insumos e na prestação de contas, começam a oferecer novos serviços. Alguns se dedicam a prospectar oportunidades de financiamento em editais e chamadas de propostas, ajudando os pesquisadores também a levantar recursos. Outros dão suporte não só para os projetos, mas também para os bolsistas.
“Esses escritórios estão se disseminando e alguns já fornecem um apoio bastante sofisticado”, diz Marcia Regina Napoli, responsável pela Gerência de Apoio, Informação e Comunicação (Gaic) da Diretoria Administrativa da FAPESP, que coordena o programa desde 2010.
Um exemplo é o Escritório de Apoio Institucional ao Pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, que mantém dois funcionários trabalhando tanto no suporte a quem pretende submeter um projeto de pesquisa a agências como na fase posterior à obtenção dos recursos, auxiliando na compra dos insumos, prestação de contas e até mesmo ajudando a publicar os resultados em revistas científicas.
Vinculado ao Hospital Israelita Albert Einstein, o instituto dispõe de laboratórios organizados em core facilities, um biotério acreditado pela Association for Assessment and Acreditation of Laboratory Animal Care Internacional (AAALAC) e um centro de pesquisa clínica onde são realizados estudos científicos por 23 pesquisadores contratados, 42 docentes do programa de pós-graduação acadêmica e mais de 200 médicos de seu corpo clínico envolvidos em pesquisa.
Desde sua criação, em meados de 2012, o escritório já ajudou a submeter 67 projetos de pesquisa. A taxa de aprovação de projetos submetidos chega a 61% do total – e a captação de recursos oriundos de agências de fomento cresceu 323% entre 2012 e 2013.
Na chamada fase pre-award, o trabalho tem várias frentes. Diariamente, a equipe rastreia chamadas de projetos e editais lançados no Brasil (por meio da visita a sites de agências) e no exterior (através de um serviço pago) e informa por e-mails os pesquisadores da instituição que podem ter algum interesse.
“Esse mapeamento de oportunidades é a primeira coisa que fazemos no dia”, diz Aline Pacífico Rodrigues, coordenadora de projetos de pesquisa do escritório. Quando surge um interessado, Aline e sua equipe marcam uma reunião para orientá-lo.
“Às vezes, precisamos alinhar com o pesquisador as suas expectativas sobre o financiamento. Alguns querem, por exemplo, que as agências financiem serviços ou exames. Explicamos que é mais fácil obter recursos para pagar insumos, comprar equipamentos e contratar serviços pontuais de terceiros”, diz. “Mas sempre buscamos oferecer alguma saída para ele e nunca fechamos portas.”
Leia a reportagem completa em 


FONTE: FAPESP

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