sexta-feira, janeiro 16

Invasão chinesa ou a perda da competitividade brasileira?

made in china



O Brasil vive um momento crítico, o da “desindustrialização”. A palavra pode parecer estranha mas na prática significa que estamos transferindo nossas indústrias para a China.


Isso foi apontado em 2005 por, na época, uma consultora da nossa equipe, que depois de um período de mais de seis anos vividos na China, como diretora industrial de uma multinacional francesa, retornou ao Brasil assustada com o que viu lá fora.

Na visão da Laura, o empresário chinês tem apenas um objetivo, dominar o mundo. E para chegar lá não importa o que é necessário fazer. Isso significa que os padrões e critériosusados por aqui (sejam os bons ou os ruins) absolutamente não servem como parâmetro para a cultura empresarial chinesa.
O lucro e o crescimento são os motores de todas as ações desse povo. A estratégia para isso é muito simples. Abrir o mercado chinês para o empresario estrangeiro, oferecer muitos incentivos fiscais e mão de obra extremamente barata. Um detalhe que poucos empresários se detem na hora do acordo, a obrigatoriedade de abrir a tecnologia daquilo que será fabricado. Mas ocorre que os chineses aprendem rápido. E muito rápido, pois passados dois ou três anos eles já dominam a tecnologia chave de cada produto. Dai então, fica a pergunta: qual a necessidade de ter esse parceiro? E o que os mesmos fazem é, ou compram o parceiro ou viram concorrentes diretos e agressivos do mesmo.

Foi o que aconteceu desde sempre e é o que acontece mesmo com as empresas buscando se garantir judicialmente. Veja o caso da fabricante americana de aparelhos de ar condicionado, a Springer-Carrier. Os inventores do ar condicionado com um empresa de mais de cem anos, sucumbiram ao modelo chinês que depois de copiar todos os projetos, aproveitou-se da recente depressão econômica america, comprou a empresa e em seguida lançou produtos com marca própria e a mesma tecnologia, ao mesmo tempo em que matava as marcas tradicionais da empresa comprada.

Algo semelhante começa a acontecer com uma das fabricantes fornecedoras chinesas do iPad. Um dos grandes produtos da Apple que revolucionou hábitos ao redor do mundo. Este ano, essa fabricante lançou um similar do iPad com marca própria e na prática uma cópia do produto da Apple, mas naturalmente sem a mesma qualidade da empresa criadora.

Atenção portanto empresários, pois aquilo que parece ser vantajoso em um primeiro instante, pode selar sua morte no médio prazo. Vale a pena pensar o que estamos fazendo e como as relações internacionais, nesse mundo tão globalizado, estão sendo cuidadas. Isso pode significar continuar ou não a existir amanhã.




FONTE: veroconsultoria

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