Entenda quais são os quatro principais tipos de feedback e como eles podem impactar a comunicação nas empresas
É fundamental dar feedback! Nem me recordo mais, quantas vezes já ouvi esta frase dentro das empresas. Já estou cansada de tanta ladainha. Feedback, feedback! A impressão que tenho é que existe muito mais preocupação em falar por falar, do que realmente buscar a melhor maneira em dizer aquilo que precisa ser dito. E assim, lá vai o gestor, juntar sua equipe ou chamar um por um para uma conversa mais reservada, preocupado somente cumprir o seu papel de “dar feedback”. Se tudo fosse tão fácil assim, aposto que não veríamos tantos problemas de comunicação dentro das empresas. Sinceramente, não acredito que o feedback feito de maneira “impensada” seja a solução para as barreiras de comunicação existente no meio empresarial.
Veja bem, não sou contra trabalhar com feedback, pois acredito que se a conversa for feita com foco em resultados, pode ser sim, uma grande ferramenta estratégica. O problema acontece quando o tal do feedback é dado ou recebido de maneira impensada, pura e simplesmente porque “é preciso dar feedback”. Neste caso o que era para ser algo positivo, acaba virando uma arma de destruição em massa, promovendo desmotivação da equipe, desengajamento dos colaboradores além de disseminar a cultura do falar por falar ou pior ainda, do falar o que se quer da forma como lhe convém, sem pensar em como o outro vai ser impactado, e assim vemos gestores ofensivos, profissionais agressivos e uma série de problemas gerados pura e simplesmente porque não houve uma reflexão sobre a forma em que se poderia dar feedback.
Bem sabemos que aquilo que falamos, pode sim impactar diretamente no resultado de outras pessoas, tanto de forma positiva, como de maneira negativa e é a isto que me refiro quando digo que o feedback pode ser uma ferramenta estratégica, quando é feito de maneira reflexiva e intencional buscando melhores resultados, ao passo que quando é utilizado de maneira impulsiva, aleatória ou até mesmo imatura pode se transformar em uma arma de destruição em massa.
É preciso que exista a conscientização de que a comunicação dentro das empresas, deve sim ser estimulada, que o feedback deve sim ser fundamental, mas acima de tudo que isto seja feito adequadamente e não de forma enganosa, ilusória, fantasiosa ou depreciativa, caso contrário o que poderia ser uma excelente ferramenta, acaba se tornando uma grande arma contra a própria empresa, trazendo grande incomodo nas organizações, desmotivando pessoas e virando apenas “falação” sem sentido que não tem objetivo nenhum senão trazer o caos e instaurar a cultura do “fala o que quer, ouve o que não quer”.
Para compreender melhor a dinâmica da comunicação empresarial, é importante saber que existem quatro tipos principais de feedback e com base nisto, procurar se perceber diante das situações, não somente analisando a comunicação do outro, mas principalmente buscando compreender a própria dinâmica na hora em que é preciso se comunicar.
Conheça os 4 tipos mais frequentes de feedback e como eles podem afetar os resultados da equipe:
Falso Afetivo – Este tipo de discurso, não tem outra função senão mascarar a verdade, pessoas que utilizam esta forma de comunicação normalmente são aquelas que fazem muito “rodeio” e nunca falam o que precisa ser dito, seja por medo de comprometer a relação com o colega ou porque aquilo que precisa ser dito é algo mais delicado, e assim, preferem agir de forma falsa, passando a mão na cabeça e esperando que as coisas se resolvam sozinhas. Dar feedback falso afetivo, além de comprometer os resultados reais da equipe, ainda pode respingar negativamente na imagem do profissional que age desta maneira, sendo visto como uma pessoa falsa e dissimulada.
Falso Destrutivo – O intuito do feedback falso destrutivo assemelha-se ao falso afetivo, porém os fins acabam se tornando mais escusos pois o objetivo é a depreciação do outro, seja por meio de criticas, falta de tato no falar ou até mesmo a invenção de comportamentos inexistentes. Comunicar de maneira falsa destrutiva, pode ter consequências sérias, pois afeta diretamente o psicológico dos envolvidos, que podem se sentir desmotivados e até mesmo assediados no ambiente de trabalho. O feedback falso destrutivo, está muito relacionado à percepção de quem critica do que a análise racional dos resultados propriamente ditos ou seja, é uma visão unilateral dos fatos, permeada por emoção negativa, com o intuito de prejudicar o outro para promover a si mesmo ou seus próprios interesses – pessoas que trabalham com este tipo de feedback, normalmente sentem-se inseguras em relação a própria competência.
Verdadeiro Destrutivo – É o que chamamos de “falar na lata” sem mensurar palavras, ou seja, a verdade nua e crua. Por mais que em muitos casos esta pareça ser a melhor saída, mesmo quando atuamos com a intenção verdadeira, é preciso que as palavras sejam escolhidas com cuidado pois um feedback verdadeiro dito sem mensurar palavras pode trazer consequências destrutivas para quem o recebe, se isto não for feito com o cuidado que merece. Dar feedback sem pensar em como o outro vai se sentir ao receber tal informação é agir de maneira insensível e até mesmo desumana. Hoje, não podemos mais falar aquilo que precisa ser dito de qualquer forma, por mais que seja uma verdade. É fundamental que exista preocupação com os sentimentos envolvidos, além de procurar desenvolver empatia com o interlocutor, para que a mensagem seja aceita positivamente, com o intuito de promover vontade de mudança e não desânimo e apatia frente as situações.
Verdadeiro Afetivo – Possui o intuito de não somente passar a mensagem de forma clara e verdadeira, mas fazer também com que a pessoa que receba a mensagem, veja significado naquilo que está sendo dito e se conscientize que aquilo é para o seu aprimoramento. O feedback verdadeiro afetivo, além de incentivar o engajamento, ainda estimula o clima de ajuda mutua na organização, pois promove o desenvolvimento de todos por meio da comunicação assertiva o que consequentemente reflete em melhores resultados tanto para a empresa, quanto para as pessoas que nela trabalham.
Antes de uma boa conversa organizacional, é fundamental analisar o que será dito, pois não basta apenas “dar feedback” aleatoriamente é preciso que ele seja feito de maneira adequada pois somente assim a comunicação pode ser considerada uma ferramenta estratégica e não uma arma de dispersão e consequentemente destruição em massa.
FONTE: administradores
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