Um acordo de cooperação técnica para disseminação da cultura da propriedade intelectual entre as empresas brasileiras e promoção do desenvolvimento industrial, científico e tecnológico no país.
Esse é o grande objetivo de um acordo de cooperação, com duração de cinco anos, assinado entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
"Queremos tecnologias geradas no país por empresas nacionais, queremos laboratórios de P&D (pesquisa e desenvolvimento) instalados no Brasil. Essa possibilidade começa a ser vislumbrada", destacou Luciano Coutinho, do BNDES
O presidente do INPI, Otávio Brandelli, disse que a parceria entre as duas instituições públicas irá estimular a inovação, na medida em que levará às empresas informações do banco de patentes do órgão, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Além disso, contribuirá para aproximar investidores de inventores, um dos gargalos no sistema de inovação", apontou.
"Em média, 75% de toda a informação tecnológica gerada no mundo inteiro só estão contidos em bancos de patentes. Não estão contidos em artigos científicos, porque o depositante de patentes é obrigado, pela lei, a descrever com muito detalhe a tecnologia que está ali embutida. Isso é muito útil em muitos setores", observou Denise Gregory, diretora de Cooperação para o Desenvolvimento do INPI.
Ela destacou que, antes de fazer qualquer investimento, o inventor ou empresa deve fazer uma busca nesses documentos, no banco de patentes, "para ver se não está reinventando a roda". A diretora informou que o BNDES vai incluir diretrizes em suas políticas sobre o uso de informação tecnológica.
"É o uso estratégico da informação tecnológica. Olhando o banco de patentes, ele ali vai ter o mapa da mina. Então, do nosso ponto de vista, é a coisa mais interessante que a gente vai fazer. São as ações de sensibilizar, capacitar o banco para esses temas relacionados à propriedade industrial: proteção, busca, consulta a banco de patentes. Porque o INPI sozinho, como dizem os mineiros, não dá conta."
FONTE: inovaçãotecnologica
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