domingo, maio 25

Os principais sinais de que sua empresa está em dificuldades

Empresas como OSX, de construção naval e a petroleira OGX, ambas de Eike Batista, são casos recentes de Recuperação Judicial; para o especialista Douglas Duek, esta era a única forma dessas empresas terem uma segunda chance


Muitas empresas vivenciam dificuldades, seja para manter o nível capital de giro, atraso com compromissos financeiros ou continuar mantendo crédito com seus fornecedores. Esses podem ser alguns dos vários sinais de que a empresa está com um desajuste e a caminho da crise. “Seja pequena, média ou multinacional, todas estão sujeitas. Diversos fatores influenciam, sejam eles externos, como políticos e econômicos, ou internos como falta de capital, má administração e estratégias erradas”, explica Douglas Duek, Sócio-diretor da Quist Investimentos, consultoria financeira. “A solução muitas vezes está próxima e relativamente fácil, mas a falta de conhecimento ou de orientação correta, de um especialista, faz com que muitas empresas tomem a pior decisão e se endividem ainda mais”, completa.


Para o executivo, “quando a empresa está passando por dificuldades, os credores já não querem mais ajudar, a empresa muitas vezes precisa de carência, alongamento e até descontos para a real reestruturação, mas os credores não aceitam tais condições como uma politica padrão”. Especialista em reestruturação de empresas que muitas vezes utiliza a lei da Recuperação Judicial como ferramenta, ele revela que esta é muitas vezes a melhor solução.



“Empresários insistem em utilizar soluções paliativas e momentâneas, mas isso não reestrutura a empresa, só retarda e pode complicar a situação. A verdade é que muitos demoram para utilizar uma ferramenta como a Recuperação Judicial. Isso acontece muitas vezes por falta de conhecimento, mas pode ser a única solução, pois trás fôlego e propõem prazos maiores aos pagamentos, reajustando tudo à nova capacidade financeira das empresas. Reestruturando de verdade”, explica, Duek.



Veja abaixo os quatro principais sinais de que sua empresa precisa de um processo de Reestruturação ou mesmo uma Recuperação Judicial:

1. Endividamento bancário altamente elevado e preocupante (mesmo que a empresa ainda não esteja negativada frente aos principais bancos de dados);

2. Falta de capital de giro ideal e a negativa dos Bancos em novas solicitação de novos créditos;

3. Quando fornecedores recusam novos limites e prazos por já perceberem o endividamento da empresa (mesmo com os pagamentos em dia);

4. Por fim, empresas que já estejam negativadas, com alto endividamento bancário e com fornecedores, pagamentos em atraso e extrema dificuldade financeira.

“A Recuperação Judicial visa a manutenção da vida da empresa, empregos e pagamento aos credores. As dívidas são momentaneamente congeladas e novas condições são oferecidas aos credores.” Como:
- Carência para reajustar sua operação, e então voltar a pagar quando estiver organizada;
- Alongamento dos prazos de pagamentos para ‘caber no bolso’ da empresa. Seja ele um prazo longo fora do padrão, como 10 anos para pagar;
- Possibilidade de um desconto na dívida. Caso isso seja necessário e,
- Possibilidade de captação de novos recursos de capital de giro, com financiadores especializados, que entendem que após o pedido de Recuperação Judicial, a companhia volta a ter fôlego para efetuar pagamentos e retoma sua credibilidade no mercado.

Empresas como OSX, de construção naval e a petroleira OGX, ambas de Eike Batista, são casos recentes de Recuperação Judicial. “Era a única forma dessas empresas terem uma segunda chance de vida e não deixarem milhões de dívidas e milhares de funcionários desempregados”, finaliza o especialista da Quist Investimentos.

FONTE: administradores

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