terça-feira, abril 29

A academia: lugar do simples Encontro



Depois de muito tempo sem escrever no Pós Graduando, retomo hoje minhas atividades como colunista.
Sempre que vou a um congresso, simpósio ou seminário nas universidades públicas brasileiras, me sinto em casa e isso me faz refletir sobre a academia com um “lugar do simples Encontro”.
Essa palavra – Encontro – substantivo simples, derivado da regressão do verbo encontrar, marca o descobrir, o achar alguma coisa (ou alguém) que se procurava. É o que acontece com os pesquisadores nas universidades.
É possível em uma mesa-redonda ter ideias novas para um artigo, em um congresso encontrar e fazer contato com gente das mais diversas localidades do Brasil.
Mas o que me leva a refletir sobre essa questão? Nascido em uma cidade interiorana, tenho percebido como o preconceito atinge drasticamente a vida das pessoas. Uma hora é o cabelo, outra hora o piercing do outro que chama a atenção.
Na academia, por um olhar do visual e do espaço à nossa volta, percebemos como é o lugar da heterogeneidade. Ali não importa se o cabelo é azul ou rosa. E todos têm o seu lugar.
O preconceito é algo que assola a humanidade e muitas vezes, assola também as pesquisas. Temas que são pouco apreciados pelas cúpulas de pesquisadores; forte valorização das áreas biológicas e exatas, não fortalecendo e enriquecendo as humanas; a falta de incentivo para o processo de amadurecimento da escrita (parece que o aluno de iniciação científica ou do mestrado já tem que nascer sabendo escrever textos científicos; não se valoriza o início, as escritas ainda pouco consistentes, mas que já revelam uma identidade do futuro pesquisador)… E tantos outros…
A pesquisa e a extensão e, principalmente, a inovação no Brasil são relativamente novas: há muito tempo se faz pesquisa e extensão, mas só agora com os avanços tecnológicos e um equilíbrio maior da economia e do início da valorização pelo fomento das atividades acadêmicas é que se consolida um cenário do conhecimento brasileiro.
O encontro se faz todos os dias nas universidades, não só nas públicas como citei no início (onde ele é mais evidente), mas também nas particulares. Que ele seja possível de acontecer na sociedade colocando o conhecimento acadêmico a serviço da comunidade.

FONTE: posgraduando


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