quarta-feira, junho 4

RH recrutando RH

Compartilhar dos mesmos valores da organização ainda é a competência mais buscada por RHs na contratação de seus pares


Ele conhece os processos da área, as ferramentas de recrutamento e seleção e como vender o seu peixe para conseguir a vaga almejada. Mas mesmo com toda essa bagagem, o candidato a um cargo na área de recursos humanos deve ter em mente que o seu colega de profissão espera mais do que competências básicas e o conhecimento na gestão de pessoas. Quando um RH recruta outro RH para a sua equipe, espera alguém alinhado a cultura do negócio e aos valores da organização. Além de espelhar as práticas aplicadas pela equipe de recursos humanos, o novo RH precisa se integrar ao grupo e garantir bons resultados.
A Avon, que conta com 78 pessoas em sua área de recursos humanos, por exemplo, realiza o processo de aquisição de talentos da mesma forma para toda a companhia. Segundo Alessandra Ginante, vice-presidente da RH da empresa, entrevistas por competências individuais e valores organizacionais são realizadas por consultores internos de RH, além da participação da liderança imediata e, também, de acordo com o nível da posição em questão, por uma das diretoras e/ou a vice-presidente de RH da Avon no Brasil. “Além de buscarmos profissionais que apresentem evidências de histórico de entrega de resultados em situações relevantes, só contratamos profissionais que admirem os valores corporativos (Humildade, Crença, Respeito, Confiança e Integridade) e também demonstrem nossas competências individuais (Inspiradores, Responsáveis, Decididos e Corajosos).”
Vanessa Lobato
Vanessa Lobato, diretora de recursos humanos do Santander
Já o Santander inicia o processo de recrutamento internamente e, caso não encontre quem preencha a vaga, busca apoio de consultorias especializadas. A empresa tem ao todo 300 profissionais em sua área de recursos humanos divididos em diretoria, superintendência executiva, superintendência, gerência, coordenadoria e demais cargos. “Buscamos avaliar o profissional com um todo, qualificando sua melhor performance. Consideramos ainda as competências globais e as habilidades técnicas exigidas pela função, priorizando as que podem variar de acordo com a complexidade e desafio da posição. São elas: se antecipar ao futuro; qualidade de serviço ao cliente; liderança de equipes; orientação para resultados; agilidade perante a mudança; influência; direção da execução; cooperação; desenvolvimento das pessoas e sentido de grupo”, explica Vanessa Lobato, diretora de recursos humanos do Santander.
Vanessa explica ainda que o Santander possui uma governança de entrevistas, cuja decisão é colegiada entre consultoria e gestores de Recursos Humanos. “Isso para cada vez mais trazermos pessoas não somente para área, mas profissionais aderentes aos valores e às competências da organização.” Para a empresa, encontrar profissionais bons e qualificados é essencial em qualquer segmento. “O processo de atração e seleção é fundamental para identificação e contratação desses profissionais, porém, além de qualificação, é necessário identificar aqueles que se encaixam e se identificam com a cultura da organização. Isso facilita a adaptação, aumentando a probabilidade de um profissional permanecer na empresa ao longo prazo e obter alto desempenho.”
No caso da Pormade Portas, com um RH mais enxuto, formado por oito pessoas, competências específicas fazem parte do processo de escolha de um profissional para a área. Segundo Hermine Schreiner, diretora de RH da empresa, no momento de escolher um novo membro para a equipe as competências exigidas são “habilidade de relacionamento e profissionais que sejam firmes em fazer cumprir as determinações estabelecidas pela empresa, tudo isso sem perder a gentileza e o carisma. Nossa missão é cuidar das pessoas, sem perder o foco da sustentabilidade do negocio.” Nessa contratação, a equipe de RH conta com a diretoria da área para a escolha do profissional e ressalta a importância da assertividade na contratação, pois acelera o sucesso do resultado para a equipe.

Assertividade na escolha


Assim como a Pormade, a Avon também preza por uma decisão assertiva na escolha de um RH para a equipe. “Como RH, conhecemos bem a importância de uma contratação acertada seja para a entrega dos resultados esperados, seja para a construção e evolução da empresa e da área. Investimos na contratação porque, afinal, contratar a pessoa certa é, em nosso entendimento, o primeiro passo para uma performance diferenciada” explica Alessandra.



Já a diretora de recursos humanos do Santander, acredita que o processo de atração e seleção é fundamental para identificação e contratação desses profissionais. “Porém, além de qualificação, é necessário identificar aqueles que se encaixam e se identificam com a cultura da organização. Isso facilita a adaptação, aumentando a probabilidade de um profissional permanecer na empresa a longo prazo, além de obter alto desempenho.”

Dicas valiosas
Confira algumas dicas fornecidas pelas RHs e aplique-as na seleção de novos profissionais para a equipe de recursos Humanos.

Equilíbrio na contratação: “É necessário contratar alguém que traga equilíbrio e complemente a equipe é essencial. As contratações em RH são especialmente delicadas, pois temos que usá-las como exemplo da cultura que queremos ver na empresa como um todo. O RH ganha crédito quando tem em seu time profissionais de alto calibre e que são alinhados à cultura e valores da empresa ao mesmo tempo em que fomenta este mesmo contexto na organização.” - Alessandra, da Avon.
Confiança e doação: “Ninguém dá aquilo que não recebe, e uma empresa tem alto grau de valor quando possui inteiramente alto grau de confiança, pois trabalhar com pessoas exige alegria, energia, entusiasmo. Além disso, é necessário fazer o trabalho com amor e paixão, e ter prazer em estimular e proporcionar ao outro desenvolvimento e crescimento.” - Hermine, da Pormade Portas.
Aderência organizacional  “Os valores do profissional e suas competências dizem muito sobre esse RH, não somente o conhecimento técnico é considerado. Por este motivo, buscar no profissional, evidências de comportamento aderentes às competências globais – tais como a visão do cliente – nos traz o conforto de que, independentemente da área, o profissional poderá circular dentro da organização.” Vanessa, do Santander.



FONTE: RevistaMelhor

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