quarta-feira, agosto 6

O árduo caminho de quem quer ser trainee

Fazendo parte de um programa nesses moldes, o profissional poderá conhecer diversas áreas de negócio e ter contato direto com as lideranças





O fim da graduação é uma fase marcada por transições. Enquanto alguns recém-formados optam por se preparar para concursos e outros por se estabilizar em determinada empresa onde já trabalham, um terceiro grupo vê nos programas de trainee uma oportunidade de entrar em uma grande companhia e construir um futuro dentro dela. Fazendo parte de um programa nesses moldes, o profissional poderá conhecer diversas áreas de negócio e ter contato direto com as lideranças.
Entretanto, os caminhos do trainee são árduos e, às vezes, tortuosos. Em meio a testes de lógica e dinâmicas de grupo, os candidatos são analisados segundo traços de personalidade que, em alguns casos, nem mesmo eles sabiam que possuiam. Mais que conhecimentos técnicos, as empresas que lançam seus programas buscam por jovens com perfis específicos, com destaque para características como capacidade de liderança, ousadia ou espírito de equipe, por exemplo.
Para ajudar os jovens que desejam participar desses processos, estão surgindo consultorias e empresas de coaching especializadas em ajudar os candidatos a identificar o perfil de empresa que se encaixa com eles e ainda desenvolver suas competências para se destacar em entrevistas e dinâmicas de grupo. Em alguns casos, as próprias empresas promotoras dos programas de trainees viabilizam esse suporte.
“Hoje, o processo de coaching é algo relativamente novo para essas pessoas que estão saindo da universidade. Nosso trabalho é bastante voltado para o autoconhecimento, em que o jovem pode criar uma intimidade maior com sua própria trajetória profissional. Quais os aspectos mais relevantes dessa trajetória? E os objetivos e motivações que ele tem para frente? Nesses processos, o jovem poderá ter mais contato com suas potencialidades”, afirma Luiz Abdalla, da Seja Trainee.
Luiz acredita que é necessário amarrar essas potencialidades à culturas organizacionais. O jovem deve buscar empresas que se encaixem em seu perfil profissional. Para ele, essa sintonia entre os valores da companhia e os do candidato se traduz “no brilho dos olhos” que as empresas dizem buscar.
Para Livia Sanchez, responsável pela área de Recursos Humanos do Itaú Unibanco, mais que a capacidade técnica, as empresas procuram por jovens autênticos e com disposição. E, para encontrá-los, essas companhias buscam inclusive as redes sociais profissionais como o LinkedIn. Concorrido, o processo de seleção do Itaú Unibanco, por exemplo, recebe em média 18 mil currículos, que são analisados até que se chegue a uma média de 50 trainees contratados.


FONTE: administradores


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