A mulher do Milênio – aquela nascida entre 1980 e 1995 – representa uma nova era do talento nas organizações. Ela tem alta escolaridade, é mais confiante e possui mais ambições em relação à carreira profissional do que as mulheres de gerações anteriores. É o que revela o estudo da PwC intitulado Next Generation Diversity – Developing tomorrow’s female leaders. A estimativa do levantamento é de que, em 2020, as mulheres do Milênio representarão 25% da força de trabalho no mundo.
O estudo identificou pontos-chave para os empregadores obterem sucesso em atrair, reter e desenvolver as habilidades das profissionais Milênio. Um dos principais desafios apontados é desenvolver essas profissionais para ocuparem futuros cargos de liderança. O estudo apontou que, apesar de as mulheres representarem 40% da força de trabalho global (percentual nunca antes visto), apenas 4,6% ocupam cargos de CEO.
Educação As mulheres do Milênio superaram os homens da mesma geração em escolaridade. Em nível global, elas são maioria em 93 países entre os estudantes de universidades (os homens predominam em menos da metade – 46 países).
Além disso, as mulheres possuem mais títulos de bacharelado e também de mestrado (maioria em 56 países enquanto os mestres masculinos predominam em 44). De acordo com o estudo, 55% dos títulos de graduação no Brasil em 2010 foram conquistados pelas mulheres.
Diversidade na prática
As profissionais do Milênio estão mais propensas a procurar empregadores que ofereçam políticas de diversidade e equidade de gêneros – 82% julgaram essas diretrizes como importantes em um ambiente de trabalho. No entanto, 55% das entrevistadas não sentem que as oportunidades são as mesmas para os gêneros.
Outra característica forte é que elas possuem afinidade com o meio digital, mas preferem reuniões presenciais para discutir temas importantes ou delicados como promoção ou feedback sobre seus trabalhos.
Trabalhar em uma empresa que se preocupa em investir em Tecnologia da Informação é fundamental para 59% das mulheres. No entanto, 51% defendem que a cultura do feedback deve ser estimulada à moda antiga: cara a cara com os chefes. Quando o assunto é plano de carreira, 96% das entrevistadas preferem o contato presencial.
Reputação importa
O estudo revelou que as mulheres do Milênio desejam que o seu trabalho tenha um propósito, que contribua para a sociedade e que possam sentir orgulho da empresa.
Para a PwC, organizações e setores de mercado vão precisar desenvolver trabalhos estratégicos para comunicar os aspectos positivos dos empregadores a fim de conseguir reter os talentos dessas profissionais. Afirmaram que evitariam trabalhar em alguns setores por acreditarem que eles possuem uma imagem negativa – o mais citado foi o setor de Serviços Financeiros, seguido pelo de Óleo e Gás, 58% das mulheres.
Quase 20% das entrevistadas afirmaram que desistiriam ou adiariam uma promoção em troca de horários mais flexíveis de trabalho. As mulheres do Milênio entendem que é importante ter uma vida profissional equilibrada com a pessoal (97%). Segundo a PwC, é esperado que essas profissionais reestruturem o modelo tradicional dos turnos de trabalho.
Outro aspecto interessante é que essas mulheres planejam ter uma experiência de trabalho fora do seu país (71%). No estudo, 63% das entrevistadas identificaram uma experiência internacional como crucial para suas carreiras.
FONTE: RHCentral
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