O que você prefere: alguém muito competente tecnicamente ou alguém que tenha um ótimo comportamento junto a equipe de trabalho?
Esta sempre foi uma dúvida cruel. Como escolher?
Eu quero os dois. Alguém que seja muito competente tecnicamente e que ao mesmo tempo tenha um espírito de equipe invejável. Ah tá! Só eu quero este profissional! Mais ninguém. Fácil assim.
Caros leitores, é fato que de modo geral as contratações tem seguido critérios melhores e existe uma preocupação maior por parte das empresas de contratarem pessoas que se mostrem bons profissionais, independentemente de serem bons tecnicamente.
Lógico que é ótimo contratar alguém com conhecimento técnico elaborado. Ocorre que estamos vivendo numa era de profundas mudanças. Pesquisas dão conta (ou ao menos é o que se comenta) que ao terminarmos uma faculdade qualquer, após 5 anos de estudos quase 50% do que foi aprendido tecnicamente já ficou obsoleto. Ora, se ficamos obsoletos todos os dias em face do volume de conhecimento que se produz diariamente, não seria muito mais lógico nos preocuparmos muito mais com a personalidade, caráter, grau de flexibilidade, perfil psicológico e outras características pessoais que não se esvaem pelo conhecimento mas que se sobressaem quando necessárias?
Eu acho que sim, mas ainda não vejo uma grande corrente neste sentido. Basta vermos, e já citei isto neste espaço, o quanto os currículos se parecem. São todos pasteurizados.
Aparece uma moda que indica que os mesmos devem ter esta ou outra característica que rapidamente prolifera pela internet modelos e mais modelos, alguns gratuitos e outros não, que se vendem com a “garantia” de que aquele é o formato ideal e com ele seus problemas acabaram. É só mandar e “pimba na gorduchinha” emprego garantido. Meu Deus quanta mentira!
Você se lembra qual foi a última vez que demitiu alguém? Não estou falando em um grande e geral corte de pessoal onde realmente é mais fácil cometer equívocos. Estou perguntando sobre a demissão de um funcionário por um motivo qualquer.
Lembrou? Então. Agora lembre os motivos. Lembrou? Não vou apostar mas diria que a chance de ter sido pelo seu comportamento é enorme. Estou certo?
Certamente muitos responderam que sim. É evidente que este é um exercício de reflexão e para muitos isto pode não ser real. Nem poderia ser diferente.
O que quero concluir é que apesar de todas as ferramentas necessárias ainda vejo um monte de empresas contratando sem um critério que avalie atentamente as características pessoais do candidato. Quantas e quantas vezes vejo que para o preenchimento de uma vaga se solicita um grau de conhecimento que em alguns casos, nem o Presidente da empresa possui.
Muitos dos que estão lendo este blog agora já viram isto acontecer.
Na dúvida se pede mais e se não der certo, fica a desculpa que contratou o mais qualificado e não poderia prever.
A contratação de um funcionário é um ato que requer grande competência e experiência e pode ser altamente prejudicial ou benéfica para uma empresa. Depende de quem foi o escolhido. Não podemos pensar em, se não der certo, demite. Não é assim que funciona. Uma contratação errada pode gerar enormes prejuízos financeiros, de imagem e ainda pode reverbarar para toda a equipe.
Pensem nisto. Reflitam. Este é um assunto extremamente importante e que as vezes não é visto com a devida atenção. Façam isto e não demitam mais ninguém ou pelo menos demitam menos.
FONTE: Exame
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