Unir num mesmo modelo academia, empresa e governo a fim de gerar novos conhecimentos para o mercado. Esse é o conceito chamado Hélice Tríplice, desenvolvido por Henry Etzkovitz na década de 1990, que alia a interação dos três elementos para a criação de uma inovação sustentável. Dentro desse modelo, a universidade produz o conhecimento, por meio das demandas das empresas e tendo o mercado como foco, enquanto o governo oferece suporte político e financeiro para a viabilização dos projetos.
Um dos mecanismos para que essa parceria acontecesse em Minas Gerais é o Sistema Mineiro de Inovação (Simi), criado em 2006, que concretizou essa união com a finalidade de atender à política de desenvolvimento do Estado. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e com o Sistema Fiemg são os responsáveis pela manutenção desse programa.
Aconteceu na manhã de ontem (24), no auditório da Fiemg, um encontro entre os representantes das instituições parceiras para apresentação dos resultados obtidos a partir das bolsas concedidas pelo Instituto Evaldo Lodi (IEL), integrante do Sistema Fiemg, em parceria com a FAPEMIG. Estiveram presentes no evento Maurício Tibúrcio, Superintendente do IEL; Benjamim Rodrigues de Menezes, representante da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Evaldo Vilela, Secretario Adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais; e Mario Neto Borges, presidente da FAPEMIG.
Maurício Tibúrcio destacou a relevância de projetos de apoio à inovação e a parceria entre o IEL e a FAPEMIG para a integração de novos programas de desenvolvimento sustentável na área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Benjamim de Menezes discursou sobre a interação entre a Escola de Engenharia da UFMG e a Fiemg e as melhorias obtidas por meio dessa parceria.
O Secretário Adjunto da Sectes, Evaldo Vilela, falou sobre os avanços da UFMG na área de CT&I e o protagonismo jovem na vontade de mudanças, atualmente. “É necessário dar voz aos jovens e reconhecer a força que eles têm e isso exige um pensar livre e sem preconceito. Precisamos fazer muito ainda na inovação de Minas Gerais e o jovem é parte principal dessa caminhada. Tendo parceiros como a FAPEMIG, o IEL, a Sectes e as universidades juntos, o caminho se torna mais viável também”, conta.
Em sua palestra, Mario Neto Borges apresentou o cenário no setor de CT&I e a importância em trazer o conceito da Hélice Tríplice para Minas Gerais. Segundo o presidente da Fundação, diante do panorama internacional, o Brasil pode ser uma potência mundial na área, porque o país possui boa área geográfica, economia robusta e população expressiva, três aspectos fundamentais para o desenvolvimento de CT&I.
Borges ainda alertou que, em Minas Gerais, há a união dos três elementos propostos por Henry Etzkovitz para a viabilização dos projetos. No entanto, há requisitos, como recursos financeiros, estruturas, política, legislação e fiscalização a serem cumpridos. Para isso, é necessário investir em ambientes de inovação, além de adotar metodologias e programas que façam as empresas se arriscarem mais. “A Hélice Tríplice se dá com o governo induzindo a participação das empresas e universidades para a viabilização dos projetos em benefício da sociedade”, conta.
Bolsas
Dentro das propostas da Hélice Tríplice, a FAPEMIG e o IEL investem em programas e manutenção de bolsistas para a competitividade do setor industrial de Minas Gerais. Entre as ações apoiadas, está a Integração universidade-empresa, que procura viabilizar e facilitar a transferência de conhecimentos entre o meio acadêmico e a indústria. Por meio dela foi possível apoiar o desenvolvimento de universitários com projetos executados dentro da realidade da empresa, além de capacitar estudantes de Engenharia para atuar no mercado.
Outro auxílio é o Extensionismo Cultural, que visa à capacitação em gestão para alavancar a competitividade das empresas mineiras. Assim, houve uma implementação na melhoria de gestão nas empresas atendidas. Também foram apresentados os resultados para a Mobilização e indução de micro e pequenas empresas industriais para inovação. Empresários tiveram maior adesão de projetos de inovação, disseminação de cultura da propriedade intelectual e maior integração com empresas na difusão de oportunidades de inovação.
O Desenvolvimento de metodologia e implementação da “Incubadora de Projetos” para empresas emergentes busca capacitar a gestão de ideias e elaboração de projetos. Para isso, foram criados metodologias de gestão de ideias e elaboração de 16 novos projetos de inovação. Por último, está a Inteligência Estratégica, produção de inteligência e estudos econômicos relativos às cadeias produtivas da economia. A proposta apresentou, entre os diversos resultados, a possibilidade de elaboração de estudos e propostas de desenvolvimento setorial com ênfase em impactos econômicos e sociais.
Fonte: Assessoria de Comunicação Fapemi
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