terça-feira, junho 24

É possível ser feliz no trabalho?

Estudo aponta que sim - 79% dos entrevistados se dizem felizes. Remuneração tem forte influência, mas não é único fator





O tema, ainda que subjetivo e complexo, sempre rondou o ser humano. Felicidade está na pauta dos RHs das grandes organizações, nas universidades e na vida das pessoas de forma geral. Assunto bastante discutido em diferentes ambientes hoje em dia, ser feliz tornou-se urgente e imprescindível, algo que precisa ser definido e alcançado por todos, a todo momento. 


O Ateliê de Pesquisa Organizacional foi estudar a questão a fundo, entender como e de que forma esse sentimento é percebido pelas pessoas em relação à sua rotina profissional. O objetivo da pesquisa foi levantar elementos que pudessem fundamentar uma análise mais profunda sobre a felicidade no trabalho. Existe uma banalização do tema? Estamos discutindo novas definições para velhos conceitos? O que influencia esse sentimento? Como ser feliz no trabalho?



Esses questionamentos foram a base do encontro realizado pela Fmcom, que, juntamente com o Ateliê de Pesquisa Organizacional, apresentou o estudo. A Fmcom identificou a necessidade de aprofundar a análise de alguns temas que têm forte presença nos ambientes corporativos hoje.



Propósito de vida e remuneração



A percepção de se sentir feliz no trabalho passa por algumas variáveis, ligadas a dois pontos: o sentido e a importância da atividade profissional. No sentido, as pessoas levam em conta o quanto sentem que estão evoluindo e aprendendo, se sentem que fazem diferença, somam na organização, têm prazer nas atividades que desenvolvem. No quadrante da importância, aparecem os aspectos como estar empregado ou não, ter boa remuneração, o status equivalente ao cargo que ocupa e outros pontos. "Pessoas que se sentem orientadas no trabalho por um propósito e têm na vida profissional um sentido de vida, são as que se manifestam felizes", explica Felipe Cortoni, sócio-diretor do Ateliê de Pesquisa Organizacional.



Ponto comum entre todos os entrevistados, o dinheiro aparece como um dos motivadores importantes - 78% dos que se consideram felizes definem que a remuneração é o principal motivo, seguido de crescimento pessoal e profissional, com 45%, e realização, com 44%. Estar empregado corresponde a 22% entre as razões pelas quais as pessoas se consideram felizes.



"Ainda que o estudo nos surpreenda com um universo de 79% das pessoas felizes no trabalho, não podemos deixar de olhar atentamente para os 21% que se dizem infelizes. Em uma organização de mil pessoas, por exemplo, ter 210 colaboradores nesse estado não deixa de ser algo preocupante", considera Felipe Queen, sócio-diretor da agência fmcom.



Abrangência



Foram realizados 4 grupos qualitativos e 200 entrevistas quantitativas, em São Paulo e Rio de Janeiro, com pessoas que têm entre 28 e 45 anos, formação superior e trabalham em empresas que têm 500 ou mais funcionários. Todos os ouvidos têm mais de oito e até 25 anos, no máximo, de vida profissional. Assim, o estudo evitou ter opiniões muito entusiasmadas de quem está no começo da carreira, ou muito desanimadoras, de quem já está há muito tempo na atividade profissional. O corte foi proposital, evitando-se os extremos de motivação - para o bem e para o mal.



FONTE: administradores

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