sexta-feira, julho 12

O PODER DO FACEBOOK: O INSTAGRAM "FACEBOOKIZOU" DE VEZ


O que alguns fãs do Instagram mais temiam aconteceu. Semanas atrás, ao inserir a possibilidade de se postar vídeos de 15 segundos, o Instagram começa a perder a sua originalidade e suas peculiaridades


Nos primeiro dias de vida, o Instagram era apenas quatro funcionários, incluindo seus dois co-fundadores, e que trabalhavam amontoados nos primeiros escritórios do Twitter no bairro de South Park de San Francisco. E o Instagram, mais uma start-up da California e que não tem receita, fez brilhar os olhos de Mark Zuckerberg, que desembolsou um bilhão de dólares no ano passado e está debruçado em saber como capitalizar em cima dessa fascinante rede social de fotos.
Assim como o Google, há alguns anos, comprou o YouTube, e o transformou no segundo maior site de buscas do mundo. E por trás da aquisição do Instagram percebe-se uma visível intenção do Facebook em se tornar ainda mais forte nos dispositivos móveis, e deixar promissores aplicativos longe das garras do Google. O Instagram é uma criação concebida puramente para o universo mobile. Quem usa o Instagram entende o magnetismo que essa rede social gera. O conceito realmente é simples e genial ao mesmo tempo, pois faz com pessoas se comuniquem por meio de imagens. 
A psicologia cognitiva talvez nos ajude a entender o fascínio por essa rede social, pois ela prega que seres humanos gostam mais de imagens do que de textos. Por esse motivo que praticamente todas as marcas do mundo sempre adotam um símbolo ou uma mascote para acentuar sua aproximação aos consumidores. E o conceito é simples. 
O Instagram é fundamentalmente uma rede social concebida em torno da fotografia, e disponibilizado apenas para uso em celulares (apenas para iPhone da Apple, e agora já disponível também para o “patinho nada feio” Android, o sistema operacional da Google), onde as pessoas adicionam belíssimos efeitos as suas fotos produzidas com a (cada vez menos limitada) câmera do celular e compartilham com os amigos. O Instagram já tem dezenas de concorrentes, mas nenhum outro aplicativo teve uma ascensão tão rápida.
No entanto, o que alguns fãs do Instagram mais temiam aconteceu. Semanas atrás, ao inserir a possibilidade de se postar vídeos de 15 segundos, o Instagram começa a perder a sua originalidade e suas peculiaridades. Assim como ainda falavam que o Facebook “orkutizou” devido ao fato de classes mais emergentes terem descoberto o site azul de rede social, evidenciamos que o Instagram inicia lentamente um processo de “Facebookização”. 
Novas características são incorporadas a cada mês. Essa última mudança então foi muito significativa. Você está lá descendo com o dedo polegar a sua timeline do Instagram e olhando suas fotos, comentando, curtindo e de repente um vídeo começa a ser executado. Eu achei esquisito e até me assustei algumas vezes. Parecia que as fotos ganharam vida. Muito em breve podemos esperar games no Instagram? Ou a possibilidade de se cutucar o outro? Só tempo nos dirá. Mas nada disso me surpreenderia. 
O que se espera sim é um processo de monetização do aplicativo. Afinal, hoje ele não gera receita. E assim como fez no Facebook fez no ano passado e começou a cobrar para que posts ganhem alcance maior (hoje mais de 1 milhão de clientes injetam dinheiro no site de Mark Zuckerberg), é muito previsível que esse movimento neoliberal aconteça também no nosso saudoso Instagram. Aproveite enquanto ele (ainda) é grátis.

FONTE: administradores

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